2008-09-19

Programa de Educação Social I

Unidade Curricular de Educação Social I
Regime Pós-laboral
Área Científica: Educação Social
ECTS: 6
Horas de Contacto: 24 T+18TP+6 OT
Tempo de Trabalho total do Estudante: 168 h

1. Introdução:
A Educação Social teve ao longo do tempo variadas concepções, de acordo com os contextos onde foi sendo recriada. De qualquer das formas, o problema não está tanto na sua definição, mas sim na aclaração dos seus principais objectos de estudo. Segundo Quintana Cabanas (1994) na sua obra clássica sobre o tema (Pedagogia Social), existem dois grandes objectos para uma pedagogia social: i) o enfoque na correcta socialização dos indivíduos, que remete de certa forma para os contextos educativos mais formais, mas que igualmente abarca contextos de socialização vastos como a família; ii) a intervenção educativa na correcção de necessidades humanas que esbarram numa sociedade complexa, conflitiva e, acrescentamos, desigual.
Desta forma, estamos perante a ciência da educação social de indivíduos e grupos, e da atenção aos problemas humano-sociais que podem ser tratados a partir de instâncias educativas. Estas instâncias educativas são imensas: a família, os grupos de pares e a escola, ou as organizações mais diversas da sociedade civil; mas também estão incluídas aquelas que trabalham com os grupos marginalizados ou em situação de risco ou exclusão, como sejam os estabelecimentos prisionais, os centros educativos para a terceira idade, e todas aquelas que se dediquem às mulheres, aos povos indígenas, etc.
A abrangência da educação social é, portanto, enorme e nunca se poderá esgotar no âmbito de duas unidades curriculares (Educação Social I e II). A definição de conteúdos e temas de interesse tem assim que considerar a intersecção de outras unidades curriculares que, em conjunto com estas e de forma gradual, irão fazendo surgir aos poucos um conceito abrangente de educação social. Haverá, no entanto, um enfoque importante na nossa acção: os adultos, posto que a grande maioria das instâncias educativas da educação social se destina aos adultos.

2. Competências a desenvolver:

Instrumentais

- Compreender as finalidades, princípios, conceitos e práticas mais usuais da educação permanente, educação de adultos, aprendizagem ao longo da vida.
- Analisar as ofertas de educação de adultos à luz das bases conceptuais identificadas.
- Compreender as bases teóricas e práticas do desenvolvimento comunitário e desenvolvimento local.
- Analisar as experiências práticas de desenvolvimento local segundo as bases conceptuais estudadas.
- Compreender os sistemas sociais analisados na sua totalidade e segundo as condições contextuais existentes.
- Compreender o papel do educador social, particularmente no que respeita à utilização dos instrumentos analisados, e a favor do bem-estar das comunidades em causa.
- Conhecer as melhores formas de organização social e comunitária, para dar respostas a alguns problemas identificados.
- Identificar as potencialidades e limitações das práticas e das ofertas educativas estudadas..

Interpessoais

- Desenvolver o sentido crítico e reflexivo, nomeadamente através da análise dos casos práticos apresentados, numa lógica constante de integração da teoria e da prática.
- Despertar para a multiplicidade dos problemas educativos a nível social e comunitário, posicionando-se no contexto dos mesmos.
- Desenvolver capacidades comunicativas.
- Desenvolver a capacidade de autonomia, espírito de grupo e o sentido de busca de soluções colectivas para os problemas comunitários.
- Aceitar e valorizar a diversidade cultural.

Sistémicas

- Utilizar procedimentos de pesquisa para aceder a fontes diversas de informação.
- Utilizar procedimentos para estruturar trabalhos académicos segundo os sistemas de normas em uso.
- Trabalhar de forma articulada com os colegas de grupo.
- Ser capaz de analisar a realidade social, adquirindo mecanismos rotineiros de identificação de soluções, quer a nível comunitário, quer a nível social.

3. Conteúdos
1. Conceitos Estruturantes e Contextos da Educação Social:
1.1. Educação formal, não formal e informal.
1.2. Conceitos de educação permanente e educação de adultos.
1.3. Da educação de adultos ao lifelong learning: uma leitura crítica dos possíveis significados desta viragem.

2. Dimensões educativas básicas como fontes de exclusão em contexto Português:
2.1. Da alfabetização à literacia crítica: que conceitos, que práticas?
2.2. O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.

3. O desenvolvimento comunitário / local como forma de intervenção educativa e mudança
3.1. O conceito de comunidade
3.2. As origens históricas do desenvolvimento comunitário
3.3. Evolução dos conceitos de desenvolvimento comunitário e desenvolvimento local.
3.4. Características básicas do desenvolvimento local / comunitário
3.5. Análise de experiências de desenvolvimento local
3.6. Outros conceitos «próximos» ao desenvolvimento comunitário: a organização comunitária; a acção comunitária; o desenvolvimento económico comunitário; a economia social e as suas práticas.

4. Resultados Esperados de Aprendizagem (learning outcomes)

1. Compreender as diferenças entre a educação formal, não-formal e informal.
2. Compreender que um educador social deve conjugar todas estas formas educativas num projecto global de melhoria das qualificações e das competências das populações.
3. Conhecer conceitos e características da educação permanente.
4. Compreender o conceito de educação de adultos à luz das evoluções das suas formulações internacionais, por exemplo através dos documentos publicados pelos encontros promovidos pela UNESCO.
5. Conhecer as áreas fundamentais de actuação da educação de adultos, na sua abrangência e amplitude crítica.
6. Conhecer o conceito-base de aprendizagem ao longo da vida.
7. Conhecer as definições de aprendizagem formal, não-formal e informal e compará-las com os conceitos homólogos a nível educativo.
8. Conhecer várias correntes dentro da aprendizagem ao longo da vida.
9. Assumir uma posição crítica em relação às formas mais comuns de aprendizagem ao longo da vida, reconhecendo as consequências da implementação de formas não críticas de aprendizagem ao longo da vida.
10. Conhecer a discutir criticamente o conceito polissémico de competência.
11. Conhecer o Sistema Nacional de Reconhecimento e Validação de Competências.
12. Conhecer o Referencial de competências-chave utilizado nos processos RVCC.
13. Conhecer a composição orgânica dos Centros RVCC, e as funções que cada um dos profissionais desempenha nestes centros (profissionais de RC, formadores complementares, administrativo, técnico de apoio à gestão financeira, coordenador, director).
14. Compreender a importância das ex-Acções S@ber Mais (agora Acções de Curta Duração) no contexto do funcionamento do sistema RVCC.
15. Compreender as dinâmicas dos processos RVCC, as suas vantagens para os adultos que os frequentam, as suas potencialidades.
16. Conhecer várias definições de comunidade e assumir um papel crítico em relação ao difícil conceito de comunidade.
17. Conhecer as principais evoluções históricas do desenvolvimento comunitário e do desenvolvimento local, bem como reconhecer os paradigmas que estão na sua base.
18. Compreender que os discursos do desenvolvimento comunitário e do desenvolvimento local estão hoje muito próximo, quer em relação à teoria quer em relação à prática.
19. Compreender e discutir criticamente as principais características de processos de desenvolvimento local participativos.
20. Analisar casos práticos / experiências de desenvolvimento local, à luz dos conhecimentos anteriormente adquiridos.
21. Tomar uma posição crítica, mas informada e contextualizada face às condições existentes nos contextos de prática.
22. Conhecer potencialidades e limitações dos processos e dinâmicas de desenvolvimento local.

5. Metodologias
Exposição por parte do professor, trabalho em grupo, discussões orientadas, leitura e análise de documentos.

6. Avaliação
1 Frequência com o peso de 50%
2.Um trabalho de Grupo (entre 3 a 5 elementos) a realizar sobre um tema escolhido pelos estudantes no âmbito do tópico 3 dos conteúdos programáticos, com o peso de 30%. Os estudantes deverão pesquisar sobre o tema, e utilizar as normas adoptadas pelo curso.
O trabalho terá uma dimensão máxima de 15 páginas A4 (não incluindo as referências), a 12 pt, Times New Roman a 1,5 espaços. Margem esquerda: 3 cm; direita, superior e inferior: 2,5 cm. Será entregue em papel na última semana de aulas.
3. Apresentação oral do trabalho.Peso de 20%

7. Bibliografia Sugerida:
Ander-Egg, E. (1982). Metodología y práctica del desarrollo de la comunidad. México: El Ateneo.
Belchior, F. H. (1990). Educação de Adultos e Educação Permanente: a Realidade Portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte.
Canário, R. (1999). Educação de Adultos. Um Campo e uma Problemática. Lisboa: Educa.
Carolino, J. (1995). Educação Comunitária: contribuições para um processo de desenvolvimento participado, A Rede para o Desenvolvimento Local, 13, 26-27.
Clarke, S. (1996). Social Work as Community Development. A management model for social change. Brookfield: Avebury.
De Natale, Mª L. (2003). La Edad Adulta. Una nueva etapa para educarse. Madrid: Narcea.
Friedmann, J. (1996). Empowerment. Uma política de desenvolvimento alternativo. Oeiras: Celta Editora.
Gelpi, E. (1990). Educación Permanente. Problemas laborales y perspectivas educativas. Madrid: Popular.
Hoven, R. van den e Nunes, Mª H. (1996)*. Desenvolvimento e Acção Local. Lisboa: Fim de Século Edições.
In Loco (2001). Formação para o Desenvolvimento. Formação/Inserção Profissional Territorializada. Faro: In Loco.
Kasimis, C., & Papadopoulos, A. G.* (1999). Local Responses to Global Integration. Aldershot: Ashgate.
Marchioni, M. (1997). Planificación social y organización de la comunidad. Madrid: Editorial Popular.
Mayo, M. (1994). Communities and Caring. The Mixed Economy of Welfare. New York: St. Martin’s Press.
Melo, A. (1988). O Desenvolvimento Local como Processo Educativo. Impressões e Opiniões Auto-Entrevistas, Cadernos a Rede, 2, 58-63.
Melo, A. (1995). O desenvolvimento local num contexto de economia mundializada. In Varios, Conferência europeia: desenvolvimento local e coesão social e económica na U.E. (pp. 9-17). Serpa: Ideia-Alentejo.
Melo, A. (1999). O local como polo de resistência ao totalitarismo economicista (ou A necessidade de uma nova política). In Xoán Bouzada (ed.), O desenvolvemento comunitario local: Un Reto da sociedade civil (pp. 87-113). Vigo: Editorial Galaxia.
Nogueira, A. C. (1996). Para uma educação permanente à roda da vida. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Nogueiras, L. M. (1996). La práctica y la teoría del desarrollo comunitario. Descripción de un modelo. Madrid: Narcea.
Reszohazy, R. (1988). El desarrollo comunitario. Madrid: Narcea.
Revista S@ber Mais, nº 13 (2002). – Número Monográfico sobre Centros RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação das Competências).
Shragge, E. (1993)*. Community Economic Development. In Search of Empowerment and Alternatives. Montréal: Black Rose Books.
Shuman, M. H. (2000). Going Local. Creating self-reliant communities in a global age. New York: Routledge.
Silva, A. S. (1990). Educação de Adultos, Educação para o Desenvolvimento. Porto: ASA.

Licenciatura em Ensino Básico

PROGRAMA IPP 2



Número de horas de contacto, por tipologia
45 TC+15 S+7.5 OT+2 O
Tempo de trabalho total do estudante: 140

Número de ECTS: 5

Resumo descritivo

A realidade sócio-educativa actual impõe um aprofundamento do conceito de escola como comunidade educativa, uma resposta consequente às necessidades determinadas pelas diferenças individuais dos alunos e pela especificidade das suas culturas de origem e uma crescente complementaridade entre os processos de educação formal ou escolar e de educação não formal. Diversificam-se, assim, os campos e os contextos educativos, pelo que os processos formativos deverão criar condições de desenvolvimento e formação de profissionais polivalentes, não apenas aptos a intervir na escola, mas também, colaborativamente, ou, de forma directa, noutros contextos educativos que não o escolar. Assim, pretende-se que a unidade curricular Iniciação à Prática Profissional II (IPP II) permita experienciar e conhecer diferentes situações de oferta educativa.

A IPP II procura também desenvolver competências educativas directamente relacionadas com a prática profissional, tendo em vista o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes. Através de processos de observação, análise e reflexão, pretende promover o sentido de rigor e uma atitude crítica de questionamento face à realidade com que os estudantes/futuros professores se irão confrontar.


Competências a desenvolver
Instrumentais
- Utiliza adequadamente a língua portuguesa e uma variedade de outras linguagens face à diversidade dos contextos profissionais, sociais e culturais da sua actividade.
- Recolhe informação no terreno relevante para a caracterização do contexto educativo, utilizando adequadamente instrumentos e técnicas de observação.
- Caracteriza as dinâmicas organizacionais, funcionais, relacionais e pedagógicas da educação básica.
- Analisa criticamente os projectos e as parcerias de colaboração existentes nos diversos contextos educativos.
- Reconhece a interdependência das variáveis contextuais na construção do projecto educativo de escola/de agrupamento.

Inter-pessoais
- Revela capacidades de integração em contextos educativos.
- Relaciona-se de forma adequada com os diferentes actores do processo educativo.
- Assume a dimensão cívica e formativa da educação bem como as inerentes exigências éticas e deontológicas que lhe estão associadas.
- Reconhece as circunstâncias associadas com a diversidade, nomeadamente no que se refere às necessidades especiais em educação e às particularidades inerentes à multiculturalidade.
- Analisa dimensões relacionais e profissionais dos diferentes actores do processo educativo, numa determinada comunidade.
- Descreve as dimensões cívicas e de cidadania da educação relacionando-as com o papel dos diferentes actores educativos de um território educativo.

Sistémicas
- Demonstra uma atitude crítica e de questionamento.
- Problematiza de forma sistémica as relações entre os diferentes actores da acção educativa.
- Valoriza a instituição educativa enquanto parceiro de desenvolvimento social e cultural.
- Reconhece a importância da colaboração multiprofissional como resposta educativa à diversidade.
- Utiliza metodologias de pesquisa e organização da informação.

Conteúdos programáticos

Para além dos tópicos listados, os conteúdos a abordar decorrerão das necessidades sentidas pelos estudantes e/ou pelos docentes, provenientes das experiências e problemas suscitados pelo trabalho de campo desenvolvid nos diferentes domínios da educação básica em que ocorrem as suas intervenções.


1. Acção educativa
1.1. Educação formal, não formal e informal
1.2. Papel do educador/professor no novo modelo de gestão
1.3. Funções do educador/professor
2. Características organizacionais gerais dos contextos educativos
2.1. Especificidade da Escola como organização social
2.2. A cultura organizacional da instituição: elementos constituintes
2.3. Dinâmicas educativas
3. Contextos educativos multiculturais: igualdade de oportunidades e equidade
3.1. Reflexão crítica sobre os conceitos de cultura
3.2. Noções associadas à multiculturalidade: direitos humanos, minoria, etnia discriminação, racismo, imigração, igualdade de oportunidades, educação multicultural, currículo multicultural
3.3. Respostas educativas face à diversidade
Estratégias/Métodos de Ensino-Aprendizagem

Será utilizada uma diversidade de metodologias e de recursos de ensino e de aprendizagem de modo a favorecer a participação e a estimular a reflexão crítica e colaborativa de todos os estudantes.

Para tal, serão desenvolvidas as seguintes estratégias, norteadas por uma metodologia de projecto:

q Exposição de fundamentação teórica
q Debates, reflexões e análises críticas (individuais, em parceria e em grande grupo), centradas nos conteúdos da unidade curricular
q Análise de textos
q Pesquisa documental
q Elaboração de instrumentos de observação
q Trabalho de campo
q Apresentação ao colectivo de trabalhos de grupo

Resultados esperados de aprendizagem

Este seminário trata temas relacionados com a diversidade de contextos educativos ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico. Pretende-se que os estudantes tenham aprendido a caracterizar vários contextos educativos e a analisar criticamente as dinâmicas educativas, as parcerias e colaborações existentes, desenvolvendo, também, competências de observação e uma atitude investigativa.


Métodos de avaliação

a. Participação – peso 2

A Participação inclui a realização de actividades propostas e a intervenção nos trabalhos de grupo e nas discussões plenárias.
Dado que o sucesso nesta unidade curricular está relacionado com a capacidade para realizar uma reflexão aprofundada e profícua sobre a sua temática específica, definimos como participação de qualidade nas sessões lectivas do Seminário aquela em que cada estudante:
a) Revela uma atitude crítica e reflexiva sobre os conteúdos abordados;
b) Revela capacidades de iniciativa e de colaboração;
c) Revela capacidades de pesquisa e de análise das temáticas em estudo;
d) Revela capacidades de análise, reflexão e intervenção relativamente aos contextos educativos estudados.
b. Reflexão crítica fundamentada referente a cada uma das três semanas de trabalho de campo (trabalho individual) – peso 3
Trata-se de um trabalho de reflexão pessoal no qual cada estudante deverá procurar exteriorizar, por escrito e em detalhe, aspectos relacionados com as suas vivências mais significativas, e com o que observou, viveu e sentiu no contexto educativo onde desenvolveu a sua iniciação à prática profissional.

c. Relatório do Trabalho de Campo (trabalho de grupo) – peso 5

A nota deste trabalho resulta da média das notas obtidas na parte escrita do trabalho, igual para todos os elementos do grupo (70%) e na exposição oral, diferenciada para cada elemento do grupo (30%).

Classificação final:
A classificação final, expressa numa escala de 0 a 20 valores, resultará da média ponderada das classificações alcançadas em a., b. e c., de acordo com a seguinte fórmula:
Média Final:
4a + 2b + 4c
10

Trabalho de Campo:

O Trabalho de Caracterização de uma Comunidade Educativa (c.) deverá ser realizado em grupo, de dois a quatro elementos. O trabalho deverá ser apresentado por escrito, não se estabelecendo um número limite de páginas.
Os trabalhos poderão conter elementos gráficos (fotos, diagramas e outros elementos ilustrativos), devendo, contudo, os estudantes ter em conta que estes elementos servem fundamentalmente para ilustrar e clarificar informação apresentada no texto.
Partindo dos conteúdos e orientações fornecidos pela docente, cada grupo deverá definir a organização do seu trabalho que, em termos de estratégia, passará necessariamente pelo relacionamento de determinados aspectos dos conteúdos teóricos com os dados das observações realizadas nas instituições, envolvendo nomeadamente:

· enquadramento teórico/revisão da literatura
· construção de instrumentos de observação
· recolha e análise dos dados

O trabalho escrito será avaliado de acordo com os critérios definidos num guião elaborado para o efeito.

Apresentação oral do Trabalho de Grupo:
Partindo do seu trabalho escrito, cada grupo realizará uma apresentação oral que tem como objectivo fundamental partilhar com os colegas os dados obtidos a partir da caracterização do contexto educativo onde trabalharam.
Na apresentação oral poderão ser utilizados os auxiliares multimédia considerados mais adequados, devendo, contudo, mais uma vez, ser tido em conta que estes servem para complementar e esclarecer a informação apresentada oralmente e não para a substituir.

Na avaliação da apresentação oral será tida em conta uma componente grupal e uma componente individual, tendo ambas igual peso na classificação atribuída a cada estudante neste elemento de avaliação.


Os instrumentos orientadores das/dos tarefas/trabalhos a desenvolver pelos estudantes – nomeadamente, Guião para a recolha de dados sobre os contextos e Guião para a organização e planeamento das semanas intensivas -, serão atempadamente apresentados pela docente da disciplina.



Bibliografia básica
Almeida, A., Guerreiro, M. D., Lobo, C. e Torres, A. (1998). Relações familiares: mudança e diversidade. In: Viegas, J. M. e Costa. A. F. (Org.s). Portugal, Que Modernidade?, Cap. 2, 45 –78. Lisboa: Celta.
Barreira, A. e Moreira, M. (2004). Pedagogia das competências: da teoria à prática. Porto: ASA.
Barroso, J. (1995). Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Cardoso, C. M. (1996). Educação multicultural: percursos para práticas reflexivas. Lisboa: Texto.
Carvalho, A. e Diogo, F. (1994). Projecto Educativo. Porto: Edições Afrontamento.
Conselho Nacional de Educação (2001). Minorias, Educação Intercultural e Cidadania. Recomendação nº 1/2001. Lisboa: www.cne.org.
Díaz-Aguado, M. J. (2000). Educação intercultural e aprendizagem cooperativa. Porto: Porto Editora.
Estrela, A. (1994). Teoria e Prática de Observação de Classes. Uma estratégia de Formação de Professores. (4a ed.). Porto: Porto Editora.
Formosinho, J. (Org), Spodeck, B., Brown, P., Lino, D. e Niza, S. (1998). Modelos Curriculares para a Educação de Infância. (2a ed.). Porto: Porto Editora.
Gois, E. e Gonçalves, C. (2005). Melhorar as escolas: práticas eficazes. Porto: ASA.
Hargreaves, A. (1998). Os Professores em Tempos de Mudança. O Trabalho e a Cultura dos Professores na Idade Pós-Moderna. Lisboa: McGraw Hill.
Leite, C. (2002). O currículo e o multiculturalismo no sistema educativo português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian e Ministério da Ciência e da Tecnologia.
Leite, C., Gomes, L. e Fernandes, P. (2002). Projectos curriculares de escola e de turma: conceber, gerir e avaliar. Porto: Edições ASA.
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento de Educação Básica.
Ministério da Educação (1998). Qualidade e Projecto na Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento de Educação Básica.
Morgado, J. (2003). Qualidade, inclusão e diferenciação. Lisboa: ISPA.
Ouellet, F. (1991). L´Education Interculturelle. Paris: Editions L´Harmattan.
Pacheco, J. e Morgado, J. (2002). Construção e avaliação do projecto curricular de escola. Porto: Porto Editora.
Perrenoud, P. (2000). Pedagogia diferenciada: das intenções à acção. Porto Alegre: Artes Médicas.
Portugal, G. (1992). Ecologia e desenvolvimento humano em Bronfenbrenner. Aveiro: CIDInE.
Ministério da Educação.
Roldão, M. C. (1999). Currículo e gestão curricular. O papel das escolas e dos professores. In: Mendes, M.L. (1999). Forum Escola, Diversidade e Currículo, 45-55. Lisboa: Ministério da Educação.
Roldão, M. C. (1999). Os professores e a gestão do currículo. Porto: CIDInE/Porto Editora.
Zabalza, M. (1992). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Rio Tinto: Edições Asa.

Programa da UC de Educação de Adultos I - 2008/09

UNIVERSIDADE DO ALGARVE
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE EDUCAÇÃO SOCIAL - 1.º CICLO
PROGRAMAUnidade Curricular: Educação de Adultos I
Área Científica: Políticas Sócio-Educativas
Ano: 2; Semestre: 1º; Créditos ECTS: 6 ;
Tempo Trabalho Total (horas) :168 h
Professor responsável: Joaquim Matias Pastagal do Arco1.
Introdução:
A disciplina de Educação de Adultos I é uma disciplina semestral, com uma carga horária de 3 horas semanais, de carácter teórico e teórico-prático que implica a realização de um conjunto de actividades que visem a aquisição de conhecimentos e competências fundamentalmente técnicas e críticas que lhes permita Observar, Analisar e Reflectir sobre este campo do Social. A filosofia que orienta a disciplina procura ser coerente com o conceito de Educador Comunitário que se pretende formar, um técnico polivalente apto a agir em contextos diversificados, preparado para trabalhar individualmente, em grupo e para o grupo, capaz de interagir com realidades e problemáticas específicas do seu futuro desempenho profissional
2. Objectivos
2.1. Objectivos Gerais- Adquirir conhecimentos adequados ao agente educativo com intervenção na comunidade - Abordar numa perspectiva sistémica e integrada o ensino não formal- Conhecer diferentes perspectivas sobre Educação de Adultos- Aplicar conhecimentos adquiridos ao longo do Curso- Reflectir criticamente sobre as actividades desenvolvidas
2.2. Objectivos específicos- Dominar o conceito de educação de adultos- Tomar consciência da dimensão dos problemas que afectam a situação educativa das pessoas adultas- Compreender a importância do papel do agente de Educação de Adultos face aos problemas que pessoas e grupos da população vivenciam na sua vida quotidiana- Caracterizar modos de acção educativa com adultos- Posicionar-se criticamente face aos problemas que afectam o bem estar das pessoas- Realizar aprendizagens no âmbito do trabalho em grupo e do trabalho cooperativo- Adoptar uma atitude dialogante no desenvolvimento das actividades teórico-práticas- Reflectir as experiências de aprendizagem vivenciadas ao longo do processo de formação.
3.Competências a desenvolver
-Instrumentais:
- Adquirir conhecimentos adequados ao agente educativo com intervenção na comunidade - Abordar numa perspectiva sistémica e integrada o ensino não formal- Conhecer diferentes perspectivas sobre Educação de Adultos- Aplicar conhecimentos adquiridos ao longo do Curso- Reflectir criticamente sobre as actividades desenvolvidas
Interpessoais:
-Desenvolver o sentido crítico e reflexivo;- Desenvolver capacidades comunicativas;-Compreender a importância do papel do agente de Educação de Adultos face aos problemas que pessoas e grupos da população vivenciam na sua vida quotidiana-Posicionar-se criticamente face aos problemas que afectam o bem estar das pessoas
-Sistémicas:
-Ser capaz de mobilizar conhecimentos relacionados com a educação de adultos-Realizar aprendizagens no âmbito do trabalho em grupo e do trabalho cooperativo-Adoptar uma atitude dialogante no desenvolvimento das actividades teórico-práticas-Reflectir as experiências de aprendizagem vivenciadas durante o processo de formação.
3.Conteúdos Programáticos:
1- Conceito de educação de adultos2-Educação Nova e as Reformas Escolares na Europa Contemporânea3-A Crise da Educação Escolar4- Educação, Sociedade, Interculturalismo5-Da Educação Escolar à Educação de Adultos6-Âmbito e Enquadramento conceptual da Educação de Adultos7-Contributo de Paulo Freire para o desenvolvimento da Educação de Adultos8-Educação de Adultos e Educação Popular9-Diferentes leituras de políticas de Educação de Adultos10- Breve perspectiva histórica da Ed. de Adultos11- A Educação de Adultos no Algarve
4.Estratégias / Métodos de Ensino:
- Exposição oral- Trabalho individual- Análise e discussão de textos - Trabalho de grupo- Comunicações- Debates
5.Tempo de Trabalho (horas): 168
6.Avaliação- Participação e desempenho nas actividades realizadas no âmbito das aulas práticas. (Peso 2).- Trabalho Individual: Recensão crítica sobre um dos pontos do Programa(Peso 3).c) Comunicação oral do T.I. (Peso 1)c)- Teste sobre o programa da disciplina. (Peso 4).
7. Resultados esperados:
A filosofia que orienta a disciplina procura ser coerente com o conceito de Educador Social que se pretende formar, um técnico polivalente, conhecedor dos diferentes domínios da educação de adultos, capacitado para agir em contextos diversificados, preparado para trabalhar individualmente, em grupo e para o grupo, capaz de interagir com realidades e problemáticas específicas do seu futuro desempenho profissional.
8.Bibliografia
AINSCOW, M.. (1998) Necessidades Especiais na Sala de Aula. Lisboa. Instituto de Inovação Educacional.
AINSCOW, M. et al (1997) Caminhos para as Escolas Inclusivas. Lisboa. Instituto de Inovação Educacional.
ALBUQUERQUE, R.S. (1996) Para uma Educação Intercultural. In H. Carmo (Coord.) Exclusão Social – Rotas de Intervenção. Lisboa. Universidade Técnica de Lisboa.
ALMEIDA, J. F. et al (1992) Exclusão Social – Factores e Tipos de Pobreza em Portugal. Oeiras. Celta Editora.
ANDER-EGG, E. (1991) Metodologia y Pratica de la Animacion Socio Cultural. Buenos Aires. Editorial Humanitas.
ANDER-EGG, E. (1987) Metodologia y Pratica del Desarrollo de la Comunidad. Buenos Aires. Editorial Humanitas.
BOURDIEU, P. (1989) O Poder Simbólico. Lisboa: DIFEL.
CARDOSO,C.M. (1996) Educação Multicultural – Percursos para Práticas Reflexivas. Lisboa. Texto Editora.
CARNEIRO, R. (2001) Fundamentos da Educação e da Aprendizagem. V.Nova de Gaia. FML.
CONSELHO DA EUROPA (1993) Declaração da Conferência Final “Educação de Adultos e Mutações Sociais”. Lisboa: DEB.
DIRECÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS (1982) A Preparação das Acções de Educação de Adultos – Estudo do Meio - Lisboa: Ministério da Educação.
DIRECÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS (1986) A Educação de Adultos –1980/1985. Actividades da D.G.E.A. Ponto da Situação. Lisboa: Ministério da Educação.
DIRECÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO PERMANENTE (1979) Plano Nacional de Alfabetização e Educação Base de Adultos – Relatório Síntese. Lisboa: Ministério da Educação.
DIRECÇÃO GERAL DA EXTENSÃO EDUCATIVA (1989) Direcção Geral da Extensão Educativa: Objectivos, Programas, Acções. Lisboa: Ministério da Educação.
DIRECÇÃO GERAL DA EXTENSÃO EDUCATIVA (1992) Orientações 1993 – PRODEP Subprograma de Educação de Adultos. Lisboa: Ministério da Educação.
DIÉGUEZ, A.J. et al (1998) Promoción Social Comunitária. Buenos Aires: Espacio Editorial.
ESTEVES, M. J. (1987) Situação do analfabetismo nas suas diferentes formas. Análise da população que não possui nem frequenta o ensino básico primário com quinze e mais anos em Portugal. Lisboa: D.G.A.E.E.
ESTEVES, M. J. (1996) O Retorno à Escola: Uma Segunda oportunidade ? Trajectórias sociais e escolares dos jovens e adultos que frequentam os cursos do ensino recorrente de adultos. Inovação,9, :219-239.
FERNANDES, J.V. (2001) Saberes, Competências, Valores e Afectos. Lisboa Editora Plátano.
FERREIRA,C.J. (1993) Marginalidade Social e Movimentos Sociais nos Contextos Urbanos. In Estruturas Sociais e Desenvolvimento. Lisboa. Actas do IIº Congresso Português de Sociologia.
FERRO, A. (1994) Métodos e Técnicas Pedagógicas. Lisboa. Edições Colibri.
FREIRE, P. (1967) Educação como Prática de Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
FREIRE, P. (1975) Pedagogia do Oprimido. Porto: Afrontamento
FREIRE, P. (1978) Cartas à Guiné-Bissau – Registo de uma experiência em processo. Lisboa: Moraes Ed.
FREIRE, P. (1987) Acção Cultural para a Liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
FREIRE, P. (1991) A Educação na Cidade. São Paulo: Editora Cortez.
FREIRE, P. (1996) Educação e Participação Comunitária. Inovação, 9,(3),:305-312.
FREIRE, P. (1997) Professora Sim, Tia não: Cartas a quem ousar ensinar. São Paulo: Editora Paz e Terra.
FREIRE, P. (1997) Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra.
FREIRE, P. (1999) A Importância do Ato de Ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 38ª Edição.
FREIRE, P. (1999) Educação e Mudança. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra.
GADOTTI, M. (Org.) (1997) Paulo Freire. Uma Biobibliografia . São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire; Brasília: Unesco.
HENRIQUES, M. et al ( 1999) Educação para a Cidadania. Lisboa. Plátano Editora.
FREIRE, P. (1998) Professora Sim, Tia não. São Paulo: Editora Olho d’água.
FREIRE, P. & NOGUEIRA, A. (1999) Que fazer – Teoria e Prática em Educação Popular. Petropolis. Editora Vozes.
GADOTI, M. (Org.) (1996). Paulo Freire. Uma Biobibliografia. Brasília. Cortez Editora.Unesco. Instituto Paulo Freire.
LANDSHEERE,V. (1994) Educação e Formação. Lisboa. Edições ASA.
LIMA, L. (1988) Inovação e Mudança em Educação de Adultos – Aspectos Organizacionais e de Política Educativa”. Braga: Universidade do Minho.
LIMA, L. (Org.) (1994) Educação de Adultos. Forum I. Braga: Universidade do Minho.
LIMA, L. (1996) Educação de Adultos e Construção da Cidadania Democrática: Para uma Crítica do gerencialismo e da Educação Contabil. Inovação, 9, (3):283-298.
MAYO, P. (1999) Gramsci, Freire & Adult Education.. London. Zed Books.
MELO, A. (1981) “Educação de Adultos: Conceitos e Práticas” in M. Silva e M. Tamen (coord.), Sistema de Ensino em Portugal. Lisboa: Gulbenkian.
MOURA, H. C. (1979) Manual de Alfabetização. Lisboa: Editorial Caminho.
NORBECK, J. (1981) Formas e Métodos de Educação de Adultos. Braga: Universidade do Minho.
PIRES, L. (1981) “Contradição e Praxis na Educação de Adultos” in Política Educacional num Contexto de Crise e Transformação Social. Lisboa: Moraes Ed.
REIS, J. (1996) O Desenvolvimento Local: Condições e Possibilidades. In Rudy Hoven & Maria helena Nunes (Org.) Desenvolvimento e Acção Local. Lisboa. Edições Fim de Século
RIVIÉRE, R. (1990) O Analfabetismo. Prevenção e Formas de o combater. Algumas estratégias e experiências. Lisboa: D.G.E.E.
ROLDÃO, M.C. (1996) A Educação Básica Numa Perspectiva de Formação ao longo da Vida. Inovação,9, (3):205-217.
SAVATER, F.(1997) O Valor de Educar. Lisboa: Editorial Presença.
SAVATER, F.(2000) Ética para um Jovem. 6ªEdição. Lisboa: Editorial Presença.
SILVA, A. S. (1990) Educação de Adultos, Educação para o Desenvolvimento. Porto: ASA.
THOMAS, T.(1994) A Ecologia do Absurdo. Lisboa. Edições Dinossauro.
VÁRIOS (1995) Educacion Popular de Adultos en America Latina. Educacion de Adultos Y Desarrolo. Instituto de la Cooperacion Internacional de la Asociacion Alemana para Educacion de Adultos.
VÁRIOS (1992) Guia Anti-Racista. Lisboa. SOS Racismo.
VÁRIOS (1996) Guia Anti-Racista. Lisboa. SOS Racismo.

2008-07-03

Projecto Solidário de Animação Cidadã - Reflexões críticas

Susana Ribeiro - “Quando nos propuseram a realização desta reflexão, achei que estariam a quantificar de forma injusta a percentagem da mesma, pois o desempenho realizado ao longo do semestre não poderá ter o mesmo valor que uma reflexão final. Porém, depois compreendi que a assiduidade às aulas vai influenciar de forma decisiva este trabalho, favorecendo assim aqueles que se esforçaram e empenharam. Espero então conseguir realizar uma reflexão proveitosa, dado que só faltei a uma única aula. Começo por recordar a primeira aula de projecto. Iniciou-se com a apresentação dos professores e com um enquadramento desse mesmo projecto. Referimos a iniciativa comunitária Equal e o quadro comunitário de apoio. Realçámos também o projecto São Brás Solidário, que se subdividia numa vertente política e numa vertente social. Foi do projecto Animação cidadã para a acção solidária, incorporado na vertente social que nasceu assim o “Projecto solidariedade cidadã” administrado em várias escolas. Seguidamente, foi-nos explicado as diferentes fases existentes, denominadas formação, experimentação e a realização de um encontro nacional. Recordo-me dos professores estarem bastante entusiasmados e reticentes com esta nova disciplina, mas conseguiram cativar-nos e motivar-nos para esta experiência. Na aula seguinte, foi abordado o tema de encontros comunitários. Segundo o livro Animação cidadã para a acção solidária, encontros comunitários são espaços e tempos de partilha e reflexão, focados num território preciso, centrados na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território. Para a criação de um encontro comunitário é necessário proceder a um conjunto de passos. Fazer o levantamento de opiniões; procurar pessoas interessadas em pertencer à organização facilitando a aproximação da população e organizadores; escolher o sitio adequado para a realização do encontro e procurar soluções para a resolução do problema, são etapas imprescindíveis à realização de um encontro comunitário com êxito. Outro dos aspectos muito importantes, é a planificação de um antes, um durante e um depois. O antes remete-nos para a vivência da problemática em estudo e para o envolvimento da população local já referida anteriormente. O depois foca-nos para a mobilização de entidades e pessoas, e para o aprofundamento da dinâmica iniciada. Esta aula foi bastante produtiva porque fez-nos reflectir no sector saber - estar. É essencial criar um espaço de confiança com as pessoas, não nos preocupando apenas com aquilo que fazemos sentir no próximo. Também aprendi que para sermos bons profissionais é preciso saber omitir informações na hora certa, pois por vezes a pessoa não está capacitada para captar as informações. Um educador deve mostrar quem é, com as suas fraquezas, receios, medos e alegrias, mas cima de tudo não podemos esquecer que só conseguimos ajudar o próximo, se nos conhecermos realmente. Ainda nesta aula posemos em prática a teoria apresentada, conseguindo idealizar um possível encontro comunitário. Na terceira aula de projecto, falámos de voluntariado e da importância do núcleo de gestão. Podemos dizer que uma rede de voluntariado é um dispositivo que reúne e mobiliza pessoas para a prestação benévola de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas. Falar da prestação voluntária implica uma disponibilidade individual ao serviço de um processo de transformação do território em que vive e actua. Relativamente à articulação da rede com o exterior, é importante realçar que sem um dispositivo de gestão, de funcionamento e de consolidação, a rede não consegue funcionar. Este núcleo de gestão, assegura a visibilidade e reconhecimento à rede, sensibiliza pessoas e entidades para aderirem à mesma, e por fim motiva a organização comunitária, implementando estratégias locais de promoção da cidadania. Logo, podemos dizer que o núcleo de gestão é um intermediário entre a oferta e a procura. Nesta aula também abordámos o tema voluntariado. É preferível não fazer voluntariado, do que fazer um mau voluntariado (voluntariado qualificado). Para exercermos um bom voluntariado é necessário percorrer um processo continuado. Esta aula, apesar de ser muito teórica, levou-me a pensar na importância da formação dos voluntários/as. Estes devem responder da melhor forma aos problemas que aparecem, conhecendo os seus direitos e os seus deveres. Iniciámos a aula seguinte com uma síntese referente a este mesmo tema. Para além de reforçámos a ideia da formação dos voluntários/as, falámos também nos tipos de prestação, porque não existem duas redes de voluntariado iguais. Podemos diferenciar duas formas de prestação de voluntários/as: na primeira o núcleo tem conhecimento e precisa de voluntários/as, as segundas resultam da iniciativa de grupos voluntários mobilizados para o desenvolvimento de projectos. Considero esta aula como uma das mais completas, porque abrangeu teoria e jogos práticos. Fez-me reflectir na vida das pessoas e nas necessidades dos outros. Há sempre situações que nos ultrapassam, é preferível estar a fazer um mau trabalho “matando” a fome a muitas crianças, e alimentando estas dependências, do que retirar-lhe o pão do dia-a-dia. Para que em certos casos não se alimente dependências era preciso uma formação dos pais, e um apoio sistémico aos mesmos. Na aula seguinte começámos por abordar um tema novo referente às diferentes economias: economia do dom, da troca e da solidariedade. A primeira economia referia-se ao acto de dar sem receber nada em troca, como por exemplo o voluntariado e os encontros comunitários. Na economia de troca temos como exemplo o mercado social, e finalmente na economia solidária, podemos dizer que esta não se refere a uma produção de lucro para uma economia, mas sim para uma produção de bem-estar. Também fizemos referência à evolução da moeda ao longo dos tempos, chegando ao clube de trocas. Este refere-se a um grupo de pessoas que decidem trocar bens e serviços entre si, escolhendo a sua própria moeda. Sendo assim, é importante frisar o mercado social, definido-se este como uma experiência de trocas com recurso a uma moeda social e enquadrando-se no âmbito da economia solidária. Assim, dirige-se para uma produção de bem-estar colectivo, procurando uma participação activa de todos/as, com vista a um funcionamento social justo, social e democrático. Ainda nesta aula, idealizámos um possível mercado solidário e apesar de não estar presente na aula, as minhas colegas puseram-me a par da situação, sugerindo-me propostas aliciantes. Fez-me reflectir para a vida que cada um de nós leva, porque por vezes disponibilizamos o nosso tempo em trabalho e esquecemo-nos daqueles que realmente merecem a nossa atenção, como familiares e amigos. A aula seguinte serviu para compreendermos melhor a estrutura de um mercado solidário. Existem elementos imprescindíveis que me passavam despercebidos. É o caso da sensibilização e mobilização de entidades e pessoas. Sensibilizar todas as entidades existentes através de um diálogo coeso e instruído é extremamente relevante para a adesão ao mesmo. Esta mobilização deve ser feita em mão para que possam ser clarificadas eventuais dúvidas, e assim mostrando que a actividade que estamos a propor está organizada e é consistente. Chegamos ao primeiro “Mercado social” elaborado pelo primeiro ano de Educação Social. Este foi muito relevante para identificarmos eventuais desorganizações estruturais. Neste mercado interagimos com todos os colegas, conhecemo-nos um pouco melhor e pusemos em prática tudo o que tínhamos apreendido até então. Este tipo de iniciativas são bastante produtivas, pois permitem-nos dar uma perspectiva futura de actividades que podemos elaborar. A última aula de projecto remeteu-nos a recordar acontecimentos menos bons, e a partilhámos experiências através de uma actividade de introspecção, sugerida em aulas anteriores. Eu ainda não consigo partilhar esses acontecimentos, mas espero que um dia consiga superar este meu receio, esta minha maneira de ser… Finalmente, realizámos o outro “Mercado social” no dia 18 de Junho de 2008, das 9:30 ás 12:30 no átrio da ESE. Este mercado permitiu dar a conhecer uma das possíveis actividades realizáveis no nosso curso. Na minha opinião estava bem organizado e a moeda, denominada abraço, correspondia ao número de serviços e produtos, o que levou à inexistência de excedentes de moeda. Superou as minhas expectativas, porque para além de existir um grande leque de produtos e serviços, existiram pessoas que se inscreveram na hora. O único inconveniente que encontrei foi o facto de alguns colegas abandonarem o mercado à medida que os seus produtos terminaram. Isto fez com que não existissem pessoas suficientes para a actividade final, que consistia em fazer uma reflexão do mercado, referindo uma apreciação global do mesmo e realçando eventuais desorganizações. Apesar deste imprevisto, enquanto o mercado decorria, tive a oportunidade de falar com outros prossumidores (consumidor + produtor) e apercebi-me que gostaram bastante, estando interessados em participar num próximo. Este mercado vai ficar marcado para a história do nosso curso porque foi o primeiro mercado aberto à comunidade. Resta-me acrescentar que o Mercado Social não é a única actividade que poderíamos realizar para pôr em prática este projecto. Encontros comunitários, redes de voluntariado e feiras de solidariedade poderiam ser outras alternativas. Como já referi anteriormente, encontros comunitários são espaços e tempos de partilha e reflexão, focados num território preciso, centrado na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território. Feiras de solidariedade são causas onde estão associadas componentes de informação, animação, experimentação e reflexão participativa, estrategicamente centradas na promoção de solidariedade num determinado território. E, redes de voluntariado são dispositivos que reúnem e mobilizam pessoas para a prestação benévola de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas. Assim, dou por finalizada a minha reflexão, na qual realço a minha opinião sobre os temas abordados e destaco conceitos imprescindíveis para a realização de actividades futuras”.

Patrícia Populaire - “Eis que o 1º ano já acabou, tão rápido passou, deixando para trás experiências valorosas e uma vasta pluralidade de conhecimentos. Através da disciplina de projecto solidário aprendi conteúdos de que não tinha a mínima noção e que são sem dúvida importantes na nossa carreira como futuros educadores sociais, são eles o conceito e objectivos de um encontro comunitário, da rede de voluntariado, de um mercado solidário e da feira da solidariedade. Estes conteúdos permitem desenvolver um conjunto alargado de competências quer na área de intervenção quer no planeamento de futuros projectos na área social. Com um encontro comunitário, podemos discutir e partilhar ideias, opiniões, criticas. Chamamos as pessoas a intervir e a participar nestes encontros para mudar o que está errado na sociedade e contribuindo assim para o bem-estar do cidadão. A rede de voluntariado como instrumento de animação cidadã já em si permite detectar em conjunto, necessidades de um determinado território onde se pretenda intervir, reunindo e mobilizando pessoas voluntárias para por exemplo procurar respostas as necessidades sentidas num bairro social. Para tal é necessário um dispositivo de gestão que faça articulação entre as opções e disponibilidade de pessoas voluntárias com as necessidades das pessoas ou instituições. Posso dizer que aprendi a diferença entre uma acção voluntária e voluntariado, uma acção voluntária é qualquer acto que se possa reproduzir no dia-a-dia em qualquer hora e qualquer lugar, por exemplo ajudar um idoso a atravessar a passadeira, e voluntariado requer disponibilidade, responsabilidade e compromisso em desenvolver vários actos solidários para o bem-estar social. O mercado Solidário é uma experiência gratificante pela qual passei duas vezes e espero continuar a passar, pois é um momento onde todos nós nos divertimos, damos gargalhadas, nos conhecemos mais e sobretudo onde está presente um espírito de cooperação e inter-ajuda. Num mercado Solidário fazemos o papel de prossumidor (Produtor + consumidor) em que cada um deve trazer um bem, trazer ou fazer artesanato ou fazer um serviço, por exemplo: bolos, sumos, sobremesas, serviço de massagem, manicure, cabeleireiro, etc. É feito um clube de trocas por exemplo, troca-se um sumo por uma massagem e para facilitar essa troca, utiliza-se a moeda que não possui valor nenhum. Aqui aprendemos a ter consciência da gestão do dinheiro e como é utilizado. No primeiro mercado solidário que a nossa turma organizou demos o nome de sol à moeda e no segundo mercado, abraço. Por exemplo: Eu que fiz o serviço de tocar guitarra no primeiro mercado solidário, “ pedia” 2 sois e no segundo pelo serviço de massagens, pedia 4 sois. Assim o mercado solidário transforma-se num espaço acolhedor, de participação e experimentação, mas para tal é necessário boas condições para que funcione, por exemplo, é necessário criar e dividir adequadamente o espaço para a venda de bens e serviços, instalar as mesas e as cadeiras, decorar o espaço, instalar as bancas para os serviços onde possam ter acesso a electricidade, gerir as moedas e fazer a animação (pôr música, divulgar o acontecimento) etc. Quanto a feira de solidariedade, pretende-se conquistar a participação das pessoas num evento onde se possa aprender variadíssimas coisas interessantes e dar asas a criatividade. É um espaço de acolhimento e de aprendizagem em que as pessoas são chamadas a intervir em múltiplas situações, demonstrando a sua acção solidária. Resumidamente, esta disciplina forneceu-me o essencial para poder compreender todos estes conteúdos não só pela teoria mas também pela prática, como a doutora Priscila disse e muito bem “ O que oiço esqueço, o que vejo recordo, o que faço aprendo”. Sem dúvida que é verdade, é com a prática que retiramos as nossas dúvidas e que remediamos possíveis erros. Em relação às formadoras Lia e Priscila que dedicaram parte do seu tempo a dar-nos esta formação de 32 horas, resta-me agradecer pelo tempo que gastaram connosco, pois proporcionou-me experiências nunca antes vividas. Nalgumas aulas, propuseram-nos actividades em grupo que contribuíram para fomentar o convívio, a participação, a comunicação, a cooperação e o respeito entre todos, valores essenciais que devem estar sempre presentes num futuro educador social, pois é necessário ter sempre em consideração a opinião do outro e vice-versa. Este projecto é importante no sentido em que nos facultou a formação necessária para que um educador social possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, através da participação activa das mesmas na comunidade. Vivemos num mundo onde permanece as injustiças sociais, a violência, o desrespeito, o egoísmo, o racismo, a discriminação, a preponderância e a intolerância, e é neste sentido que a mãozinha do educador social pode ajudar a modificar e a melhorar este mundo. Concluindo, desde que entrei no curso, sinto orgulho em pertencer a ele, pois já passei com ele bons momentos que os irei recordar com muita alegria. Acho que umas das coisas mais importantes, para uma pessoa se sentir bem com aquilo que faz é gostar do que se faz e em relação a isso não tenho razões de queixa em relação ao curso. Estou a adorar, pelo que também já passei por algumas das experiências das minhas colegas do 3º ano e 4ªano, e pelas quais estou desejosa de passar outra vez, ao ter participado na Matiné Dançante no Black Jack de Vilamoura no dia 21 de Maio de 2008 para os idosos, uma iniciativa com muito sucesso, e no 2º e-motion festival decorrido no dia 5 de junho de 2008. Espero conseguir contribuir para que este curso continue a fazer muito sucesso. Assim me despeço com um sincero obrigado por tudo o que vivenciei até agora. "

Vasco Cary - "Em primeiro gostava de salientar a importância de disciplinas como estas num curso de apenas 3 anos, derivado a ter uma grande componente real do mundo no qual em breve vamos entrar, sendo que assim logo no 1º ano temos acesso a alguma da realidade do trabalho futuro. Também realço o facto de termos tido o privilégio de poder adquirir e partilhar conhecimentos com profissionais da área que possuem anos de trabalho no terreno na realização de projectos variados tendo acumulado uma grande variedade de conhecimentos e experiencias que foram partilhadas nas aulas o que nos proporcionou uma experiencia muito enriquecedora pela possibilidade de poder adquirir conhecimentos e relatos na primeira pessoa de profissionais que estão no terreno. Estaremos desta forma a ser alertados para problemáticas que nos irão fazer frente num futuro muito próximo. O facto de ter sido o primeiro ano em que foi leccionada esta disciplina deu origem a que tivessem ocorrido situações menos esclarecedoras que tiveram de ser alteradas e esclarecidas no decorrer do período lectivo. No que diz respeito aos conteúdos que foram leccionados nas aulas começamos por ser esclarecidos da importância do papel do Educador Social, que foi seguido de um debate bastante esclarecedor e produtivo do que será em breve o nosso papel na sociedade. O outro tema que abordamos foi o conceito de Encontro Comunitário tendo sido acompanhado de um powerpoint com varias imagens e da partilha do conhecimento que as formadoras possuem sobre este conceito. Abordamos também o conceito de Rede de Voluntariado que foi o tema chave numa das aulas, através do caso em São Brás de Alportel, analisamos as várias fazes deste processo que são: descoberta do local em estudo, serviços públicos e entidades com intervenção no Concelho; o papel destas entidades positivo/negativo e por fim detectar as suas lacunas para se iniciar a intervenção. Foi também vista a importância do núcleo de gestores para uma boa funcionalidade da rede de Voluntariado e para que esta possa operar com qualidade e como um dispositivo funcional. Por final as funções do dispositivo de gestão composto por procura, núcleo de gestão e oferta. Outra das temáticas em destaque foi o deficiente trabalho que pode ser prestado à sociedade por redes de Voluntariado mal organizadas. Por último debatemos a gestão duvidosa de donativos entregues a algumas instituições. O tema da Economia Solidária foi o conceito que desde já não me convenceu, não sei se pela forma como foi exposto ou por achar que pode fazer sentido se fosse posto em pratica de uma forma mais lúdica que passo a explicar em seguida. Economia Solidária consiste em trocas directas ou circulação de moeda própria em que o consumidor também é produtor a que se dá o nome de prossumidor, e que essas trocas estão abertas apenas a este grupo restrito, que me parece que promova alguma exclusão em vez que inclusão. Eu partilho da opinião de que este mundo global em que o consumismo é feito de uma forma desmedida, não é o caminho correcto, e que se assim continuar a vida na terra pode ter os seus dias contados. Agora, daí a que este modelo económico da idade média seja funcional nos dias de hoje, discordo. A vida é um perfeito corre corre sem tempo para a família e fazer o que mais gostamos pois o trabalho leva-nos todo o tempo e mais algum. Como alternativa defendo que o processo de educação das crianças assente em princípios com a consciência dos benefícios e malefícios da globalização e consumismo, criando politicas de apoio a idosos e crianças como por exemplo famílias que tenham idosos e crianças a seu cargo tenham redução de horários e apoios financeiros para que idosos e crianças não sejam despejados nas instituições. Este tipo de clubes de troca na minha óptica terá todo o sentido sendo visto como iniciativa lúdica com o objectivo de socializar pessoas de vários estratos e estatutos sociais e diferentes idades. Podendo também promover a ocupação dos tempos livres dos reformados, sendo um hobbie transgeracional. De todos temas abordados este foi o único com o qual não concordo com a mensagem que me foi transmitida. Seguidamente da explicação do conceito de Economia Solidária, começamos por abordar o tema do Mercado Social onde no qual podemos por em prática os conhecimentos da Economia Solidária. Ao debatermos este tema do Mercado Social, foram atribuídas as tarefas a cada proconsumidor para o mercado, bem como os serviços que cada um irá prestar divididos em: Agroalimentares / Artesanato / Serviços. Para que uma Feira Solidária tenha sucesso temos de começar por sensibilizar os indivíduos para este tipo de eventos. A Comissão Organizadora do mercado tem como função dominar todo o programa e conceitos que envolvem a feira para esclarecer visitantes e informa-los no que for necessário, bem como definir o formato da feira. A primeira Feira da Solidariedade que realizamos evolveu toda a turma e como recinto utilizamos a sala de aula. Foi uma iniciativa que apelou ao convívio entre a turma, troca ou compra de serviços com uma moeda própria, os solidários. A Feira decorreu durante cerca de 3h e foi uma iniciativa com alguma dinâmica e muita alegria. Esta foi a nossa primeira experiencia na realização do um Mercado Social que voltamos a repetir mas num contexto mais amplo. O segundo Mercado foi realizado no atrium da Escola Superior de Educação com a participação de colegas de outras turmas do curso de Edução Social, e a moeda foi o abraço. Foi um evento mais alargado e mais exposto à comunidade escolar realizado com o apoio dos professores em vez dos formadores como tinha sido no primeiro. Penso que este segundo correu melhor que o primeiro, pois teve mais impacto, a mensagem foi passada para um numero maior de pessoas e teve mais intervenientes o que fez com que o mercado tivesse sido mais dinâmico, pelo maior numero de serviços e maior numero de participantes promovendo assim interacção entre colegas do mesmo curso. Gostava de terminar a minha reflexão deixando um pequeno comentário sobre o papel das formadoras nesta disciplina. Eram duas pessoas completamente diferentes em que uma delas revelava um enorme conhecimento, experiencia e domínio de todos os conteúdos que nos foram leccionados, e acima de tudo revelava uma humildade, calma e disponibilidade para qualquer que fosse a situação ou a dúvida em causa. Já no que diz respeito à outra formadora não desvalorizo todo o conhecimento e experiencia adquiridos porque por certo já é muito alargado mas por outro lado falta-lhe muita humildade e demonstrou muita prepotência em certas alturas, tendo em casos pontuais ter sido bastante indelicada para com colegas. No final de tudo tenho muitos conhecimentos a retirar desta formação e acho que foi uma iniciativa bastante produtiva e enriquecedora a nível pessoal e de turma"
Sara Matos - "Inicialmente gostaria de referir que considero esta disciplina bastante importante para o nosso curso. Na minha perspectiva esta retrata muitas situações reais da nossa sociedade, faz com que aos poucos tomemos consciência das várias situações que vão surgindo aos poucos na nossa sociedade. É de salientar também que ao longo deste semestre e graças às formadoras “Lia” e Priscila enriquecemos quer a nível pessoal quer a nível colectivo, através das informações que nos deram e também dos seus depoimentos enriquecidos por uma enorme experiência de vida. Na minha opinião um dos pontos altos desta formação é o facto de nos alertar para problemáticas que poderão surgir futuramente. Ao longo desta formação foi-nos referido quatro temas chave (os encontros comunitários, a rede de voluntariado, os mercados sociais e as feiras solidárias).Através dos encontros comunitários pude apreender que se trata de um espaço e um tempo de partilha e reflexão, focado num território preciso, centrado na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território, aberto à participação de todas as pessoas que nele residem. Nos encontros comunitários um ponto que é importante salientar é que o tema que é escolhido deve ter em consideração as necessidades e os interesses das pessoas, pois como nos foi dito ao longo da formação e ao longo deste ano foi que nós trabalhos com as pessoas e não para as pessoas. Podemos também acrescentar que o encontro comunitário pode-se dividir em três fases distintas e complementares, o antes, o durante e o depois. No antes, o fundamental é concluir quais as necessidades que as pessoas em estudo têm, isto pode-se fazer através de questionários. No durante, o principal é o diálogo, explicar as problemáticas e quais as formas de intervenção. Por último, no depois o principal objectivo é tentar que os problemas apresentados sejam resolvidos. A segunda temática a ser apresentada foi a rede de voluntariado, uma das áreas que me interessou especialmente. O voluntariado já me despertava algum interesse, porém só através da formação é que ganhei consciência da sua importância quer para mim quer para a sociedade em geral. No momento em que experienciei o acto de voluntariar fiquei completamente fascinada e com certeza futuramente irei repetir esta magnífica experiência. Através da formação percebi o significado do conceito de rede de voluntariado. Uma rede de voluntariado é um dispositivo que reúne e mobiliza pessoas para a prestação benéfica de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas, ou seja, a rede de voluntariado pretende satisfazer as necessidades das pessoas mais carenciadas. É importante que no acto de voluntariado, o voluntário se consciencialize do seu papel e acima de tudo que se foque apenas naquilo que vai dar e não no que vai receber. Por vezes existem coisas bem mais importantes (e não palpáveis) que uma remuneração, a experiência de vida, a gratificação, ao saber que se está a ajudar quem mais necessita, e especialmente o carinho trocado entre as pessoas. Os últimos temas que me faltam abordar são os Mercados solidários e a Feira da solidariedade, devo dizer que irei dar uma maior enfâse aos Mercados solidários. Considero que a feira da solidariedade é um conceito muito bem concebido, uma vez que se centra na promoção da solidariedade num determinado território. Uma feira solidária era algo em que gostaria de participar e na minha opinião penso que é algo de útil para a nossa sociedade, pois na actualidade as pessoas dão importância a coisas insignificantes e por vezes esquecem-se daquilo que é realmente importante, ou seja, uma rica interacção social entre povos e culturas bastante distintas. Nos Mercados solidários foi nos explicado o conceito de prossumidor, este consiste em trocas directas ou circulação de moeda própria em que o consumidor também é produtor, e que essas trocas estão abertas apenas a este grupo restrito. Inicialmente quando abordamos este tema, eu fiquei com grandes dúvidas e sentia que o conceito de prossumidor não fazia sentido, na minha opinião estamos numa sociedade muito consumista e um projecto destes não iria mudar isso, mas à medida que fomos reflectindo sobre os mercados solidários e só depois de criarmos o nosso mercado social é que entendi qual o objectivo e qual o conceito do Mercado, penso que o mais importante é que as pessoas ganhem consciência que não podemos viver num mundo onde o consumismo predomine, mas sim onde a troca substitua a recepção. Como referi anteriormente irei dar mais destaque aos mercados solidários, uma vez que foram os mais abordados e pusemos em prática mais frequentemente. Não poderia terminar esta reflexão sem falar dos nossos Mercados Sociais, estes consistiam em pormos em prática o conceito de prossumidor, onde cada pessoa levava um bem (artesanato, bolos, bolachas, sumos etc) ou um serviço( pintar unhas, arranjar cabelos, massagens etc) e através de uma moeda que tinha como nome fazia-se as trocas. Devo dizer que foi uma grande experiência que me satisfez bastante. O primeiro mercado social que realizamos foi restrito a nossa turma e devo dizer que foi o mercado que mais gostei, pois foram 4 horas de pura diversão e de pura aprendizagem. Penso que com a realização do mercado social todos nós interiorizamos melhor o conceito e percepcionamos por experiência própria quais as dificuldades que o mercado social acarreta e a responsabilidade que nos é confiada. Como o nosso primeiro mercado social correu bem e penso que conseguimos detectar quais os erros cometidos, decidimos entre todos(professores e alunos) realizar novamente um mercado social mas desta vez, o mercado foi aberto a todas as pessoas do curso de educação social que tivessem a curiosidade de experimentar. O mercado ocorreu na Escola Superior de Educação, na Universidade do Algarve, à vista de todos os curiosos que passavam. Era dada a oportunidade de um esclarecimento acerca do conceito de mercado social, a quem estivesse interessado. Quero salientar que adorei os momentos que vivemos durante os mercados sociais, pois penso que o que predominou foi o convívio e a interacção social e esse era o nosso maior objectivo.Em suma, gostaria de agradecer a todas as pessoas envolvidas neste projecto, uma vez que nos proporcionaram não só momentos de aprendizagem como também momentos de diversão e interacção. Penso que foi uma formação bastante produtiva e relevante para o nosso curso".


Vanessa Martins - "Sinceramente não sei por onde começar, ao mesmo tenho tanta coisa para dizer, mas ao mesmo tempo não o consigo passar para o papel. Este ano para mim, foi um ano cheio de mudanças, adquirir novos conhecimentos, aprendizagem, alegrias, novas amizades, etc. E foi através da cadeira de Opção: Projecto solidário para Animação Cidadã que aprendi alguns valores, como ter respeito pelos outros e vice-versa, ter em atenção às necessidades das pessoas, foi nesta formação que aprendi diversos conteúdos que estão relacionados com o nosso curso, pois num futuro próximo podemos desenvolver esses conhecimentos, quer na área da intervenção social, quer também em futuros projectos de ordem social, ou seja, na área social. Poderia estar aqui a resumir tudo o que nos foi dado pelas formadoras ao longo desta formação, mas para mim o mais importante, é a questão que coloco a mim mesma, é o que aprendi com esta formação, o que “ganhei”. Para mim ao mesmo tempo é fácil de responder, mas ao mesmo tempo torna -se um pouco difícil. Mas através desta formação aprendi o que era um encontro comunitário, rede de voluntariado, um mercado solidário e uma feira da solidariedade. Primeiramente, desde o inicio da formação não estava a perceber em que contexto esta disciplina estava relacionada com o curso, mas depois ao longo do tempo percebi que com esta disciplina aprendemos a ser pessoas mais conscientes do mundo em que vivemos, de tudo o que se passa ao nosso redor, a sermos solidários para com os outros, e nós como Educadores sociais, como o professor Joca mencionou numa aula, temos que ser pessoas autênticas, achei o que o professor Joca disse muito importante, pois como nós sabemos, temos que trabalhar com as pessoas e não para as pessoas. Não se trata de ajudar as pessoas, pois ajudar todos ajudam de diversas formas, temos que fazê-lo com coração, respeito, dignidade, trabalhar sempre com as pessoas, e nunca para as pessoas, sermos solidários, sensibilizarmos com as diversas situações do nosso dia-a-dia, pois em cada cantinho do mundo há sempre alguém que precise de nós, e nunca é tarde para ajudá-los no que se pode. Pois estamos no Mundo onde “reina” a hipocrisia, a discriminação, o desrespeito, a violência, os preconceitos, enfim tudo isso e muito mais, pois temos que ser realistas nós não vivemos num mundinho cor de rosa, onde tudo, e todas as pessoas são perfeitas. E é aqui que nós como Educadores Sociais que somos, temos e devemos intervir, de forma a tentar mudar a mentalidade das pessoas, porque se não formos nós a termos iniciativa, quem o fará por nós?! Numa das aulas também falamos de voluntariado, aqui já tinha conhecimentos sobre voluntariado apesar de o nunca ter feito, mas a partir do momento em que foi mencionado, tive a possibilidade de fazê-lo, participando na Matiné Dançante no Black Jack de Vilamoura no dia 21 de Maio de 2008 para os idosos, para mim foi sem dúvida alguma uma experiência enriquecedora, gratificante, adorei estar rodeada com aqueles idosos, e de alguma forma proporcionar-lhes um dia diferente, pois como sabemos os idosos na nossa sociedade são considerados como velhos, mas velhos são os trapos, porque apesar da idade que essas pessoas têm, ainda conseguem fazer diversas coisas, até mesmo dar um pezinho de dança, foi uma iniciativa com muito sucesso, as colegas do 3º e 4º ano estão de parabéns, assim como os professores e toda as pessoas que estavam envolvidas nesse projecto, também tive a possibilidade de fazer voluntariado no 2º e-motion festival decorrido no dia 5 de Junho de 2008 também gostei de ter participado. Estas experiências de voluntariado foram para mim um “despertar” para fazer mais e mais, pois fiz com alma e coração, sem esperar nada em troca, e apesar de nunca ter feito voluntariado, não me arrependi de fazê-lo, gostei e estarei atenta para eventuais iniciativas, e sempre que possível irei participar, tendo sempre ciente que fazer voluntariado não se trata de uma intervenção de caridade, e não substitui o trabalho profissional. Em uma das aulas, as formadoras falaram em mercado solidário, mais uma vez nunca tinha ouvido falar desse nome, primeiro explicaram o que era um mercado solidário, em que consistia, o que se usava nesse mesmo mercado, quem podia participar, essa aula foi um pouco mais teórica, mas no final dessa mesma aula foi sugerido à turma a organização de um mercado, achei a ideia interessante, pois estávamos a pôr em prática, algo que nos tinham dado na teórica. Para mim, sem dúvida alguma, gostei muito de participar no mercado solidário, alias no nosso Mercado, pois com a realização deste, no meu ponto de vista foi importante em termos de solidariedade, aqui não interessava o dinheiro “vivo” mas sim a solidariedade das pessoas que participavam e que deixavam a sua “marca”, quer com bens, quer com serviços, e o que importa é o espírito de solidariedade das pessoas. E no meu ponto de vista, foi sem dúvida um momento interessante, pois pode ser utilizado em outros contextos na nossa sociedade, pois nunca é tarde para “abraçar” uma causa tão nobre que é o espírito de solidariedade. Em relação às formadoras Lia e Priscila que dedicaram parte do seu tempo a dar-nos esta formação de 32 horas, resta – me agradecer pela formação que nos deram, e que sem dúvida alguma permitiu a todos nós ter uma visão diferente sobre uma determinada situação, obrigada por tudo, obrigada pela disponibilidade. Em algumas aulas propuseram-nos actividades em grupo que contribuíram em parte para o convívio, a participação, comunicação, opiniões, etc. dos alunos, ou seja, com os colegas de turma. Para finalizar, fiquei “satisfeita” com esta formação, por todos os motivos que já mencionei anteriormente, e consegui perceber a importância desta disciplina para o nosso curso. E no que diz respeito ao curso, com toda a sinceridade desde o inicio não estava com nenhumas expectativas, pois não era este o curso que realmente queria, não sabia nada sobre este curso, estando assim desmotivada, mas com o passar do tempo, fui criando e tendo outra visão do curso, e posso dizer que hoje não estou arrependida, pois até estou a gostar, despertou em mim certos valores, a estar mais atenta ao que se passa na nossa sociedade, posso dizer que estou orgulhosa de pertencer a este curso, já passei muitos bons momentos.Agora resta-me agradecer por tudo o que já passei por este curso, sem a colaboração dos professores e das formadoras, (no caso da cadeira Projecto Solidário para a Animação Cidadã) isto não era possível. Que venha o próximo ano. "


Sophie Agostinho - “No âmbito do curso de Educação Social, nós alunos do primeiro ano tivemos uma formação de 72h, cujo, o nome se designava “Projecto Solidário para a Animação Cidadã”, esta divide-se em quatro grandes temáticas, Encontro Comunitário, Rede de Voluntariado, Mercado Solidário e por fim a Feira da Solidária. É de salientar, que esta formação foi bastante marcante para alguns, isto porque nem todos demonstraram a mesma entrega e carinho a esta oportunidade única. Assim, verifica-se que a formação teve uma extrema importância para mim como futura Educadora Social, visto que existiam conceitos que desconhecia. Para além as temáticas da formação são extremamente importantes para o nosso futuro, o Encontro Comunitário, e a rede de voluntariado encaixam-se mais na parte de resolver problemas, ou seja, o encontro comunitário tenta resolver problemas do senso comum, e a rede de voluntariado por sua vez, é uma forma de gerir um grupo de indivíduos que são voluntários. Por outro lado, as outras duas temáticas restantes acabam por se encaixar mais na parte lúdica, animação, o Mercado Social e a Feira de Solidariedade isto porque promove a interacção e dinâmica colectiva. Logo, estas quatro temáticas dá perfeitamente para aprofundar enquanto estiver nas práticas e mesmo a trabalhar. Assim, esta temática podem ser implementadas num lar, por exemplo, porque todos nós sabemos fazer qualquer coisa, e com desta forma conseguimos conhecermo-nos melhor. Para além disso, das quatro temáticas anteriormente referidas somente o mercado social é que foi realmente colocado em prática, o que nos da uma percepção fantástica do que realmente a actividade tem de interessante. Sem dúvida com esta temática conseguimos dar voz ao curso, porque todos os que não puderam participar ficaram motivados para uma próxima. Assim, para além desta vertente, a formação foi bastante importante porque acabou por influenciar algumas acções em mim, principalmente o trabalho em grupo, isto porque, nós estamos habituados a trabalhar com um número restrito de pessoas, talvez por empatia, pelas personalidades, existem vários factores, mas ao longo da formação foram criadas actividades lúdicas pedidas pelas formadoras e assim, foram surgindo grupos de forma aleatórias, criando assim, novos elos de amizade, saber ouvir e respeitar mais opiniões. De facto, esta formação contribuiu bastante para que conseguisse mudar nesse aspecto. Mas, como se costuma dizer, nem tudo é um mar de rosas, e a formação apesar de excelente, acaba sempre por ter pequenas falhas. Assim, posso realçar algumas, a primeira foi no primeiro mercado social, em que umas colegas minhas, por falta de dinheiro não puderam levar produtos executados por elas, então compraram alguns pacotinhos de sumo, mas, o problema surgiu quando o mercado social terminou e as minhas colegas saíram da aula, e foram criticadas por não levarem produtos feito por elas, quando não estavam presentes para se defenderem. Além disso, outro ponto que não gostei foi sem dúvida alguns elementos da turma não participarem na organizarem do segundo mercado social, e como se costuma dizer encostaram-se aos outros, acho muito mal, porque se calhar tem a mesma nota de outros elementos que participaram, e por terem uma reflexão final boa, acabam por ser beneficiados. Existem muitas pessoas, que não tem humildade, não tem estofo para estar neste curso. Por outro lado, houve pequenas coisas que eu gostei muito, como o caso, da temática do Encontro Comunitário que sem dúvida foi o que mais gostei ao longo da formação, isto porque de forma mais prática conseguimos ajudar ou tentar mudar o que está mal, por outro lado a actividade lúdica que mais gostei foi sem dúvida a Boneca, conseguimos partilhar histórias de vida que nunca tínhamos partilhamos, soubemos ouvir, rir, e inclusive chorar bastante, coisa que nunca tinha acontecido anteriormente. Esta parte foi sem dúvida o que mais me marcou. Verifica-se ainda que esta formação pode ajudar em termo de mudanças sociais, isto nota-se no projecto S. Brás Solidário, ou seja, as temáticas que nos foram dadas, ao longo da formação, encontram-se neste projecto colocadas em prática. Logo, como futura educadora social, poderia realizar um projecto semelhante numa aldeia, vila em desenvolvimento, com o intuito de promover uma união da população em prol do melhoramento da vila. Assim, para que se possa resolver problemas do senso comum temos o encontro comunitário para resolver ou pelo menos tentar, a rede de voluntariado tem o intuito de organizar e orientar os voluntários do projecto, por outro lado, o mercado social e a feira de solidariedade como já referi a pouco tem o intuito de promover a inter-ajuda, união, partilha, o que faz numa vila em desenvolvimento vá ganhando laços entre as pessoas, visto que hoje em dia é cada vez mais difícil. É de se notar, que a formação teve um grande impacto a nível do meu futuro como educadora social, visto que posso vir a praticar estas temáticas no futuro próximo, coisa que nunca tinha pensado, e com esta reflexão vi mesmo que esta formação foi bastante útil, e sem dúvida importante para nós, porém nem todos pensam da mesma forma e acham esta formação desnecessária e desinteressante. Para completar, a reflexão há que realçar o facto, de que a formação pode vir a mudar a escola e o curso, isto porque nós ao promovermos por exemplo um encontro comunitário tentamos mudar algo que está mal, ou que incomoda várias pessoas, nós ao realizarmos o encontro comunitário estamos a promover a mudança em prol da melhoramento das condições de tudo e todos, em consequência o curso fica visto de outra forma aumentando assim o prestígio .Em suma, esta reflexão serviu para rever tudo o que fizemos, aprendemos ao longo da formação, assinalando as coisas boas e as coisas más, isto tudo para que uma próxima a coisas seja cada vez mais perfeitas. Resta-me desde já agradecer, a todos os professores envolvidos, Professor, Joca, Hélder Raimundo e Professora Cláudia, além disso os meus agradecimentos estendem-se às formadoras, Lia e Priscilia, e por fim a todos os colegas que se dedicaram a 100%, e que fizeram desta formação única.”

Cátia Carvalho -“Apesar das minhas dúvidas quanto ao interesse e importância que o Projecto solidário para a animação Cidadã iria suscitar no nosso ano, o que é certo é que, estas secções tiveram muita relevância a nível pessoal, porque cresci, mas também para a minha formação como futura educadora social, pois deu-me a percepção exacta do trabalho que posso vir a desenvolver. Inicialmente, considerava que não tínhamos idade nem maturidade suficiente para estar-mos em contacto com este projecto, mas aos poucos, a minha opinião foi mudando, pois este projecto permitiu-nos estar logo no primeiro ano em contacto com um projecto que ira ser importante para toda a nossa formação, uma vez que tivemos a percepção como se inicia um projecto, de como ele é aceite e financiado, as parcerias que pode ter e as dificuldades que encontramos ao longo da sua realização. As nossas formadoras transmitiram-nos, que temos acima de tudo, de ter uma grande flexibilidade a todos os níveis, para que assim, se consiga combater todas as adversidades que podem surgir ao longo do projecto, salientando também a importância de cooperação, companheirismo e do trabalho de equipa, para que assim se consiga um projecto forte e coeso e que chegue realmente ao público alvo que queremos atingir, porque como disse a Priscila, “se todos lutarmos em prol do mesmo, o resultado final será muito mais enriquecidor”. Este projecto, teve então início com a iniciativa comunitária EQUAL e a enumeração dos seus vários princípios (parcerias, participação, Empowerment, inovação, igualdade de oportunidades, transferibilidade), passando pela organização estrutural deste, que tem três acções (Diagnóstico, Intervenção, Dissemininação), posteriormente a apresentação do projecto São Brás Solidário que tem duas vertentes, política e social, dentro da vertente política e da acção três, surgiu então a apresentação do projecto de solidariedade cidadã. Saber como se desenvolveu o projecto foi deveras importante não só pelas razões já indicadas, mas também, porque nos ajudará na prática no futuro. De todo este projecto, destaco pessoalmente, o São Brás Solidário, que teve como principal objectivo obter uma dinâmica e participação colectiva do maior número de pessoas da vila, para que todas juntas pudessem contribuir para melhorar a qualidade de vida de todos quantos lá habitam, mas também porque foi o projecto que envolveu mais massa humana, e teve inúmeras actividades, mercados solidários, as feiras, a rede de voluntariado, e os encontros. Foi também, na minha opinião, importante combater a perda dos laços de sociabilidade, da destruição da harmonia social, e o enfraquecimento da identidade cultural.Contudo, acho que para além de referir os conteúdos teóricos que as formadoras nos transmitiram, o mais importante é dizer, que foi através desta opção que aprendi alguns conceitos, como mercado solidário, feira da solidariedade, encontro comunitário, educação formal e não formal e que aprofundei outros, como por exemplo, o que é ser voluntário e o que é uma rede de voluntariado. Esta disciplina, suscitou-me o gosto pela partilha, o respeito pelo próximo, uma maior atenção aos problemas das pessoas e acima de tudo perceber as vantagens que podemos ter ao trocar-mos ou doar-mos o pouco que temos com o outro. A conscientização, é também sem dúvida, uma vantagem desta formação, percebemos o que realmente se passa à nossa volta, a realidade em que vivemos, e que muitos tentam mascarar, esta realidade é importante, pois o objectivo é trabalhar em parceria com as pessoas consoante as necessidades e objectivos de cada um, e não para as pessoas. Há que ter em conta a diversidade dos casos, e não ver as pessoas como um todo, mas sim, como um ser com necessidades próprias e com a sua própria personalidade. Temos de trabalhar com dignidade, respeito, mas acima de tudo com um espirito solidário. É importante demonstrar ás pessoas que são importantes, que têm valores e que são úteis em muitas coisas. Esta disciplina, fez-me pensar que por muito que a nossa vida seja agitada, há sempre um tempo para dedicar aqueles que mais precisam, foi a partir desta formação que fiquei mais sensibilizada para fazer voluntariado, e já o fiz neste segundo semestre em contextos diferentes. Não posso, também deixar de salientar, a importância da prática de tudo o que aprendi, para alem do voluntariado, os exercícios de grupo nas aulas, que contribuíam para a cooperação entre todos, e levaram-nos a reflectir sobre a realidade da sociedade em que vivemos, e o quão importante tem sido todos os acontecimentos da nossa vida. Os mercados sociais, foram também importantes, não só para expor os conceitos, mas também, porque privilegiou o contacto com pessoas, uniu mais a turma, convivemos e projectar-mos o nosso curso na universidade. Posteriormente, o que nos veio ao pensamento, é que, se o dinheiro fosse dividido entre todas as pessoas do mundo, o mundo seria muito melhor e todos teríamos acesso aos bens e serviços necessários para ter-mos uma vida digna, sem fome, sem rejeição, sem medo. Para finalizar não posso deixar de salientar a disponibilidade e empenho de todos os professores envolvidos, mas também, e apesar de tudo, das formadoras Lia e Priscila pela disponibilidade."

2008-07-02

Educação de Adultos II - Avaliação final

Nota final

VÂNIA RODRIGUES - 10
SARA MARTINS - 13
AURORA COELHO - 15
ANA TIMÓTEO - 13
VERA VARELA- 10
MELISSA PERRUCA- 11
ANA FILIPA FERREIRA- 15
CARLA MARQUES- 15
CATARINA BERNARDINO- 13
LÉNIA GONÇALVES- 15
ALÍCIA JEREMIAS- 13
ANA RODRIGUES- 14
ANA AFONSO- 13
ANA MORAIS- 13
ANDREIA CORDA- 13
CAMILA SANTOS- 13
CÉLIA PAZ- 14
JOANA SILVA- 13
LÍGIA SEQUEIRA- 13
NILZA MACEDO- 15
SANDRA SILVA- 13
SÍLVIA NEVES- 16
SUSANA JOAQUIM- 14
TÂNIA CUNHA- 13
LEONOR VIEGAS- 18
JOÃO BARROS-10
ÂNGELA NORTE- 13
CAROLINA BERNARDO- 13
DANIELA CAMPOS- 16
EVA FAUSTINO - 13
JESSICA PINTO- 13
MARTA NUNES- 10
MICAELA BOM- 13
SANDRINA MARCOS - 12
SARA MARQUES- 13
ANDREA LOUREIRO- 11
LILIANA JOÃO - 12
CARLOS SANCHEZ- 12
LUCIA GUERRERO- 12
ÉLIA PARENTE - 15

2008-07-01

Curso de Profs. 1º C.E.B. - 4º Ano

AVALIAÇÃO - Disciplina de SUPERVISÃO II

Alunas-Partic.(4) Reflex.(5)Trabalho(4)Apresent. Trab.(3) Reflexão final (4) Nota final

Andreia Costa-14;15;14;16;15;15
Rui Brazuna-16;15;14;16;15;15
Ana Paulo-14;15;13;15;15;15
Daniela Almeida-15;15;13;15;15;15
Leila Conceição-16;16;15;16;15;16
Raquel Dias-16;16;15;16;16;16
Célia Saraiva-12;14;11;-;13;12
Cátia Alagoinha-15;14;11;15;13;14
Sónia Filipe-12;12;10;-;11;11
Adriana Cadete-15;14;10;-;11;13
Ana Figueiras-16;16;15;16;16;16
Beatriz Jacó-16;17;15;16;16;16
Raquel Espada-15;15;15;17;15;15
Agnes Amarelo-16;15;15;17;15;15

Curso de Profs 1º C.E.B.- 4º Ano

Avaliação da Prática Pedagógica II

Alunas-Dossier (2,5) Caract. (2) Plano de Reforço (2,5) Diário (1) Coop(12) Orient.(12) Nota final

Andreia Costa-16;15;16;15;15;16;16
Rui Brazuna -16;15;16;15;15;16;16
Ana Paulo-15;15;16;15;16;16;16
Daniela Almeida-15;15;16;15;16;16;16
Leila Conceição-16;17;16;16;15;16;16
Raquel Dias-16;17;16;16;15;16;16
Célia Saraiva-15;14;15;15;14;15;15
Cátia Alagoinha-15;14;15;15;14;15;15
Sónia Filipe-14;13;14;14;14;14;14
Adriana Cadete-14;13;14;14;15;15;15
Ana Figueiras-16;16;18;16;16;16;16
Beatriz Jacó-16;16;18;16;17;17;17
Raquel Espada-15;16;16;15;15;16;16
Agnes Amarelo-15;16;16;15;15;16;16

2008-06-19

Metodologias de Investigação I (2º módulo)

Avaliação do Módulo

Vasco Cary 12
Irene Rosa 12
Fátima Pádua 11
Miguel Quintino 11
Emilie Sousa 11
Ana Raquel Martins 12
Ana Raquel Sobral 13
Ana Raquel Gil 11
Ana Rita Cavaco 13
Carlos Freire 11
Cátia Carvalho 9
Cátia Lopes 12
Clotilde Angeleau 13
Cristel Domingos 13
Cristina Marriço 11
Felisbela Félix 10
Filomena Aleixo 13
Maria Gomes 13
Nídia Marta 10
Patrícia Populaire 13
Raquel Roxo 13
Rui Paulico 9
Sara Sim Sim 12
Sara Matos 13
Sophie Agostinho 13
Susana Ribeiro 13
Susana Rodrigues 13
Tânia Carrilho 13
Tatina Benjamim 13
Teresa Barreiro 12
Vanessa Martins 13
Cláudia Silva 10
Carla Borralho 12
Inês André 12
Júlia Mertens 12
Rute Ricardo 13
Tatiana Queirós 13

A história somos nós

A história somos nós,
Cuidado: ninguém se sinta excluído.
A história somos nós,
Somos nós estas ondas no mar,
Este barulho que quebra o silêncio,
Este silêncio tão duro de se contar.

De Gregori

Mais uma vez se fez história no curso de educação social com a realização do I Mercado Social no espaço exterior da ESE. Foi bonito.Muita participação, muita diversidade de bens e serviços. Parabéns aos alunos, alunas e professores envolvidos na iniciativa. A turma do 1º ano esteve muito bem. Boa adesão de alunas do 2º ano. Uma referência também às "meninas da rádio" responsáveis pelo "nosso" programa na RUA que animaram o espaço com música e entrevistas. Gostei. Foi bonito. Para o próximo ano lectivo vamos repetir a iniciativa e vamos sensibilizar os outros cursos da ESE a aderirem ao mercado solidário. Há que quebrar o silêncio...

2008-06-09

Faro Sénior 2008

A Fernanda Duque, licenciada em Educação e Intervenção Comunitária, é a principal responsável pela organização do Faro Sénior. Activista e maior dinamizadora da Associação D´Agir, escreveu o seguinte texto sobre o Faro Senior.


“Faro Sénior 2008 no “País das Maravilhas”

É no “País das Maravilhas”, onde tem vindo a acontecer na realidade, o que se pode chamar um verdadeiro “Conto de Fadas”, que ano após ano vem crescendo, desde 2005.
O “Faro Sénior, realizado pela D’Agir, em parceria com o Curso de Educação e Intervenção Comunitária da UALG, hoje Educação Social e a Associação Académica da UALG, com o principal apoio da Câmara Municipal de Faro e também do Governo Civil de Faro é o que poderemos considerar um exemplo de um feliz, prodigioso e intergeracional casamento, nesta era em que a sociedade se apresenta tendencialmente sectária.
Ou não se tratasse de uma iniciativa, nascida no seio de um curso, cujo princípio fundamental, é olhar a sociedade como um todo e não como se ao longo da vida de cada um de nós, existissem patamares dispensáveis dessa sequência. Importa assim, contribuir, para uma cultura de pluralidade e longevidade.
Nascemos, crescemos e depois, tornamo-nos adultos. A nossa vida é uma linha contínua, que muitos teimam quebrar, menosprezando algumas dessas fases, considerando-as menos produtivas ou até, fardos da sociedade. Urge cada vez mais Agir, transmitindo a mensagem da importância de que todas as fases são importantes e fundamentais, como partes do todo. O mundo que temos hoje, com muitas coisas negativas, mas também muitas positivas, é o resultado das experiencias e descobertas, legado de gerações.
Estas palavras podem parecer descontextualizadas da Festa Académica do “País das Maravilhas” e do “Faro Sénior”, mas não são, creio eu…pois faz todo o sentido, construir um Mundo, onde no mesmo palco actuem simultaneamente todas as gerações.
Trata-se de uma iniciativa que, ano após ano vem crescendo e reunindo no mesmo espaço um maior número de instituições, numa partilha feliz de experiencias, de convívio, animação, saúde, beleza e interacção, tornando-se numa grande responsabilidade e desafio futuro; tornar o “Faro Sénior”, numa iniciativa ainda mais harmoniosa e grandiosa.
Esta “Festa Académica de Jovens para todas as Idades” congratula-se pelo sucesso alcançado, pois nela participaram este ano, cerca de 25 Instituições de todo o Algarve, cerca de 1000 Utentes, durante três dias.
Este é um trabalho, que assenta no estreitamento de laços e no desenvolvimento de parcerias, em prol da causa social. O “Faro Sénior”, não é um evento qualquer, é já um encontro de amigos, uma cadeia de amizades, à qual em cada ano acrescentamos mais elos.
O “Faro Sénior” floresce cada vez que se realiza, no entanto, importa inovar, evoluir, crescer, diversificar, de forma a tornar esta, numa família ainda maior e mais rica.
A todas as Instituições, Participantes, Colaborantes e Voluntários de Educação Social e Enfermagem, o nosso muito obrigado pela fantástica participação e contributos, sem os quais não seria possível esta realização e aos quais dedico estas humildes palavras…









…No País das Maravilhas!

No País das Maravilhas…
De Fadas, Duendes e Fantasias,
Palco de Sons e Melodias,
“Presentes de Alegrias!

No País das Maravilhas…
Num desfile de Folias,
A mais diferente e sem medidas,
Intergeracional das Academias!

No País das Maravilhas…
Pequenos e Grandes pisam o Chão,
Sem margem nem exclusão,
Verdadeiro espírito de Comunhão!

No País das Maravilhas…
Onde ano após ano cresce a participação,
Um grande Reino de Animação,
Empreendedorismo e Interacção!

No País da Maravilhas…
“Agindo” em prol da Educação,
Sem limites e com o coração,
Caminharemos fortalecendo laços de afeição!



No País das Maravilhas…
Com sentimento de fraternidade,
Abrangente a qualquer idade,
Saudamos profunda e carinhosamente nesta Cidade!

A “Todos os que connosco têm colaborado,
O nosso Muito Obrigado,
Sois a motivação deste “Nosso Fado”,
Verdadeira razão, de que o “Faro Sénior” seja um legado!

Fernanda Duque
(Faro Sénior 2008)


Câmara Municipal de Faro
Governo Civil de Faro
Cruz Vermelha Portuguesa - Faro
Escola de Estética Algarbel - Quarteira
Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis de Quarteira – EB1 D. Francisca de Aragão
Projecto “Dançar e Ajudar” - EB1 Mãe Soberana de Loulé
Rancho Folclórico da “CIMFARO”
Grupo de Cantares da “CIMFARO”
Rancho Folclórico da “ARPI”
Grupo de Cantares da “ARPI”
Organistas - “Filipe Romão” e “Jean Rosa”
“Grupo de Cantares da Santa Casa da Misericórdia de Faro”
Ginástica de Manutenção - “Divisão de Desporto da CMFaro”
Prática de Yoga - “Centro de Yoga de Faro”
ASMAL - Exposição de Trabalhos
Casa de Repouso de Quarteira
Casa de Repouso da Quinta da Bemposta
Danças de Salão - “Seniores em Movimento”
Grupo de Cantares “Alegria de Viver”
Fundação António Silva Leal - Lar da Guia
Santa Casa da Misericórdia de S. Brás de Alportel
Centro Popular de Lagoa
Instituição de Solidariedade Social da Serra do Caldeirão
Centro Social e Comunitário de Salir
Centro Comunitário da Tôr
Associação Bem Estar Amigos de Querença

2008-05-29

Aula de E.A. II do dia 27 de Maio

ROLE-PLAY

Cenários:
- Constituem-se quatro Grupos: A, B, C, D.
- Grupo A é constituído por pessoas de uma comunidade piscatória (Comunidade A). Na comunidade há pessoas com diferentes papéis sociais.
- Grupo B é constituído por pessoas de uma comunidade do meio urbano (Comunidade B). Na comunidade há pessoas com diferentes papéis sociais.
- Grupo C é constituído por pessoas de uma comunidade de meio rural (Comunidade C). Na comunidade há pessoas com diferentes papéis sociais.
- Grupo D é constituído por pessoas idosas de um monte da serra algarvia (Comunidade D). Na comunidade há pessoas com diferentes papéis sociais.

Iª FASE

1ª Situação: O s alunos do Grupo B vão visitar a comunidade A. Fazem conversas informais no sentido de uma investigação temática. Duração 10´.
2ª Situação: os alunos do Grupo C vão visitar a comunidade D. Fazem conversas informais no sentido de uma investigação temática. Duração 10´.
3ª Situação: Os alunos do Grupo A vão visitar a comunidade B. Fazem conversas informais no sentido de uma investigação temática. Duração 10´.
4ª Situação: Os alunos do Grupo D vão visitar a comunidade C. Fazem conversas informais no sentido de uma investigação temática. Duração 10´.

IIª FASE

1- Cada grupo faz uma listagem de 5 temas geradores.
2- Depois faz uma listagem de 15 palavras geradoras

IIIª FASE

Cada grupo organiza uma sessão de alfabetização
1- Escolhe uma palavra geradora
2- Elabora uma imagem, desenho ou cartaz
3- Explora a imagem
4- Dinamiza o grupo turma apelando à sua intervenção
5- Inicia o processo de aprendizagem da leitura e escrita partir da palavra geradora.

2008-05-20

Reflexões sobre a 8ª sessão do Projecto Solidário

Reflexões da 8 ª sessão do Projecto Solidário para a Animação Cidadã (8/05/2008 )

A aula iniciou-se com uma reflexão sobre tudo o que demos ao longo da formação, relembrando neste caso os seguintes conceitos chave:
- Encontro Comunitário;
- Rede Voluntariado;
- Mercado Solidário;
- Feira Solidária.
Em seguida, consultamos o site com intuito de dar a conhecer no que consiste a formação (Projecto Solidariedade Cidadã), e quais os objectivos, parcerias, etc. (www.solidariedadecidada.org). De facto, foi nos dado uma sugestão como valorizar as nossas competências, como no lado positivo e o negativo como forma de desenvolver as nossas capacidades. É necessário algumas vezes fazer um balanço, se estamos a cumprir mesmo ou se já evoluímos ou não. Posteriormente, foi nos dada a sugestão da elaboração de um trabalho através de recortes de revistas, ilustrando assim o que foi para nós a formação, neste âmbito foi dividido em dois paradigmas, “Dei” e “Recebi”, foi também nos pedido para dar-mos um nome à disciplina. Assim, a turma foi dividida em três grupos. Após algum tempo de realização, apresentamos, todos tinham pontos em que se fundiam, porém só os nomes é que foram diferentes:
- Pensar….Agir;
- Eu, tu…..Nós;
- A Outra Visão.
Para a formação fechar em “chave de ouro”, apresentamos uma actividade que tinha sido realizada numa aula anterior, com o intuito de podermos exprimir sentimentos bons, maus, coisas que nos arrependíamos, isto sim, foi um grande abalo a nível emocional, porque nos abrimos como até agora nunca tinha acontecido, logo, no que resultou foi sem duvida mais de metade da turma a chorar. Porém foi muito bom. Assim, neste contexto terminamos, com muita pena minha, a formação.
Reflexão Pessoal:
- De facto, a parte lúdica da aula em que tivemos de caracterizar a aula através de recortes de revistas, foi sem duvida uma grande ideia, o meu grupo (A outra Visão), foi sem duvida bastante sincero, visto que a parte teórica da formação foi um pouco “secante”, nós transmitimos isso, porém acho que todos os grupos estiveram bem. É de salientar, que o meu grupo escolheu a “A Outra Visão”, como titulo para a actividade, visto que ficamos com outra perspectiva de certos conceitos, que nos eram incutidos de forma errada, para além disso com esta formação e a utilização de troca de ideias, conseguimos obter bastantes informação que nos vai ser útil para o resto da vida, não só profissional mas a pessoal, daí o titulo “A Outra Visão”. Para além disso, o que mais me marcou foi a parte em que falamos abertamente de acontecimentos importantes da nossa vida, em que partilhamos gargalhadas, mas, essencialmente muitas lágrimas, isto porque muitas de nós estavam frustrada com atitudes que tivemos no passado, e a forma como cada uma dizia e como sentia, fazia de suas frases como se fosse o nosso espelho, consequentemente, cada vez que uma chorava, havia mais cinco ou seis também, houve um grande envolvimento entre todos os elementos da turma, como nunca tinha existido!
Assim, terminou a formação assim vai iniciar-se as práticas, que estou com bastante expectativa.
Sophie Agostinho 34102

Última reflexão

Para começar devo dizer que adorei a última aula de projecto!
A Lia e as muitas colegas desfizeram-se em lágrimas porque recordaram e partilharam experiências do passado menos boas. Gostava de ser uma pessoa que conseguisse mostrar os meus sentimentos! Encaro esta minha maneira de estar na vida como uma auto-defesa, auto-protecção, algo que não sei explicar. Consigo chorar muito, às vezes até de mais, mas sozinha, guardo tudo para mim e em certas situações sofro muito. Talvez com o tempo aprenda a demonstrar mais daquilo que vai dentro de mim. As minhas colegas foram muito corajosas em partilhar as suas experiencias, gostava de ter a coragem que elas têm, mas por mais que tente não consigo. Parece que no momento de falar algo me diz para estar calada, é mais forte do que eu. Sou assim!
Por outro lado, confirmei aquilo que já me tinha que me tenho vindo a aperceber ao longo do tempo. Existem pessoas na turma que não deviam estar num curso tão humano como este. Se calhar não devia referir os nomes, mas aquilo que vi e ouvi não me permite ficar calada.
O Miguel, entre outros, não devia ter certas atitudes. Se não gostam do curso em que estão deviam mudar e não gozarem como aqueles que se entregam a ele. Este colega é a pessoa mais insensível que já conheci, não sei se esta maneira de ele ser reflecte o lado negro da sua profissão, mas de uma coisa tenho a certeza: devia respeitar sempre os outros, nunca deveria rir das histórias de vida que as minhas colegas partilharam. É uma grande falta de respeito, uma coisa é brincar e tentar animar, outra é rir daquilo que os outros dizem que os marcou.
Enfim, aprendi muito e vou tentar arranjar estratégias para ultrapassar este meu medo. Sou mais frágil do que demonstro, preciso de aprender a partilhar os meus sentimentos menos bons.
Resta-me agradecer à Lia e à Priscila. Adorei estes bocadinhos que me levarem a reflectir sobre mim e sobre os outros.
Beijos Susana Ribeiro
Susana Ribeiro, nº34103

Reflexão:
Na aula do dia 8 de Maio começamos por relembrar essencialmente o conceito de Encontro Comunitário, o que deve fazer antes, durante e depois; a Rede de Voluntariado enquanto instrumento de animação cidadã (o caso de São Brás de Alportel), o dispositivo de gestão(a sua função e constituição) e o Núcleo de Gestão (a sua constituição, formação de voluntários e voluntárias e articulação com o exterior da rede); depois o Mercado Solidário enquanto instrumento de animação cidadã ( Maneira de através das moedas sociais, facilitar as trocas entre bens e serviços) e a Feira de Solidariedade (um espaço de acolhimento em que as pessoas são chamadas a intervir em múltiplas situações). Este balanço no meu ponto de vista permitiu-nos esclarecer mais algumas dúvidas e ver se sabíamos ou não a matéria.
Depois as formadoras Lia, Priscila e o Professor Helder apresentaram-nos o site de Projecto de Solidariedade Cidadã e a sua parceria, achei este site interessante pelo que podemos compartilhar comentários, eventos, etc. A formadora Priscila falou-nos da prática de balanço de competência que é uma prática destinada a colocar cada participante a escolher as competências em que quer trabalhar. Posteriormente Lia e Priscila pruposeram-nos um projecto, o projecto do dei e recebi, em que cada grupo tinha de recortar imagens de revistas que representassem aquilo que sentimos durante as aulas, no dei pusemos sorrisos, famílias felizes(união), o convivio, o conforto, a aprendizagem,o amor, a sensibilização, etc e depois apresentamos o nosso projecto à turma. No final, foi uma partilha de sentimentos, no início foi-nos pedido para desenhar uma boneca para posteriormente responder ás perguntas relativas à cabeça, aos olhos, à boca, ao coração, à mão e aos pés dessa boneca, cujas respostas a essa perguntas são de ordem pessoal, então no final da aula alguns dos nossos colegas partilharam as suas histórias pessoais que nos fizeram chorar e relembrar as nossas próprias histórias.

Patrícia Populaire Nº 34096.


Nesta aula fizemos uma reflexão do que foi esta formação e falamos resumidamente acerca de todos os temas abordados ao longo desta formação, nomeadamente: encontros comunitários, rede de voluntariado (onde falamos da diferença entre uma acção voluntária e voluntariado), clube de trocas e por último, a feira da solidariedade. A seguir, tivemos a falar sobre as práticas que temos agora desenvolver e também falamos sobre o encontro nacional em Santarém nos dias 30 e 31 de Outubro, onde poderemos ter a oportunidade de partilhar experiências, actividades realizadas, entre todas as pessoas que se envolveram no projecto. O tema que foi abordado de seguida foi “ balanço de competências”, onde determinamos quatro competências (saber, saber -fazer, saber -ser, saber viver juntos) a desenvolver e fazemos um contrato connosco próprios, disponibilizamos umas determinadas horas por semana para trabalhar essa competência e no final fazemos uma reflexão, se melhorámos, muito ou pouco. De seguida, fizemos uma actividade muito interessante, que consistia em dividirmo-nos em grupos. Cada grupo tinha uma folha grande, revistas, canetas, tesoura e cola. O objectivo do jogo era dar um nome à formação que tivemos ao longo do semestre e recortávamos imagens das revistas que transmitissem algumas coisas que demos e que recebemos durante a formação, no final cada grupo apresentou o seu trabalho final à turma e o resultado foi bastante interessante e divertido. Na última parte da aula, fizemos o exercício da boneca, algumas pessoas partilharam as suas experiências, as suas respostas com o resto da turma, foi um momento difícil, pois tratava-se de acontecimentos marcantes nas vidas de cada um. A mim surpreendeu -me bastante, pois no inicio e ao fazer a boneca não parecia muito complicado, agora quando chegou a parte de falar para a turma sobre acontecimentos que me marcou, tornou-se muito difícil, nunca pensei que tivesse a reacção que tive, que ficasse como fiquei, pois à medida que ia falando, os episódios tornavam - se reais na minha cabeça …

Tatiana Benjamim
Nº 34106


No dia 24 de Abril, na aula de Projecto Solidariedade Cidadã (8ª sessão), permitiu – me fazer um balanço de todas as aulas que tivemos, algumas aulas que tivemos foram gratificantes, outras um pouco mais teóricas. Em algumas aulas, fiquei a aprender um pouco mais sobre determinados temas, aprendi coisas que não tinha a mínima noção, como por exemplo o encontro comunitário, o mercado solidário, feira de solidariedade, aprendi um pouco mais sobre a rede de voluntariado.
Sem dúvida alguma, que algumas aulas foram extremamente interessantes, goste muito de ter feito um mercado solidário com os colegas de turma, pois com a realização deste mercado houve um espírito de equipa. Esta formação fez me perceber que devemos olhar com outros olhos para determinadas situações, devemos estar solidários para com as pessoas, tentar ajudar as pessoas a resolver os seus problemas, e uma vez que somos educadores sociais temos que trabalhar com as pessoas e não para as pessoas, pois na nossa sociedade há sempre alguém perto de nós que precisa da nossa ajuda. Temos que em parte olhar mais para os outros, para tudo o que está à nossa volta, e então olharmos para nós, darmos valor/ significado às diversas situações que acontecem na nossa vida, na nossa sociedade. Depois de termos feito um balanço de todas as aulas, a Dra. Priscila falou – nos sobre a prática do balanço de competências, se quisermos apresentar, esta é uma prática destinada a colocar cada pessoa/participante a fazer o balanço das suas competências, cada um cria uma grelha sobre as suas competências, e cada participante tem a possibilidade de escolher a competência que queira trabalhar. Estabelecendo as competências o “passo” a seguir é estabelecer estratégias para aprofundar/ trabalhar sobre as competências, deve assumir a forma de um “contrato” que estabelece com elas próprias, de modo a aprender um pouco mais. É daquelas práticas que podemos fazer um projecto, mas também no nosso contexto social, o facto de estarmos atentos a tudo o que se passa à nossa volta, vamos tendo consciência do que fazemos e do que deveremos fazer, ou seja, podemos aplicar isto na nossa vida. Depois utilizamos as revistas que cada um de nós levamos, fizemos grupos, e o principal objectivo era reflectir sobre o tempo que passamos juntos ao longo desta formação, aquilo que demos, aquilo que recebemos, e dar o nome à formação. Após a apresentação dos grupos, alguns colegas de turma com o desenho da boneca, partilharam momentos que lhes marcaram, situações que vivenciaram, etc. Eu em particular, ao ouvir o que cada um deles dizia, lembrava – me sobre as situações, boas e menos boas que me marcaram, algumas situações dolorosas, em que como a Lia e a Priscilia disse temos que ser fortes, por mais que as coisas nos custem, olhar sempre em frente, nunca se arrepender das coisas que nós fizemos, pois se o fizemos e se aconteceu foi por alguma razão, tudo na vida não acontece por acaso. E no que diz respeito às situações de quando perdemos alguém querido, alguma coisa que queríamos dizer e que não o fizemos ainda estamos a tempo de dizer. Para finalizar resta – me agradecer as duas formadoras, a Dra. Priscila Soares e a Dr.ª Lia Martins, pela formação que nos deram, e que sem dúvida alguma permitiu a todos nós ter uma visão diferente sobre uma determinada situação, obrigada por tudo, obrigada pela disponibilidade.

Vanessa Martins nº 34108

Esta aula iniciou-se com uma reflexão global, sobre tudo o que tinhamos dado até agora na formação, ou seja, reflectimos todos em conjunto, sobre quatro aspectos fundamentais da formação, encontros comunitários, rede de voluntariado, mercado solidário e por último feira solidária. Nesta última aula não consegui ficar até ao final, devido a motivos pessoais, expliquei ao Professor Joca e ao Professor Helder as razões que me levaram a sair mais cedo. Apesar de não ter ficado até ao final, e de não ter participado nesta última aula, participei em todas as outras e por isso quero que saibam o que penso deste projecto. Na minha opinião este projecto foi bastante produtivo para todos nós, devo dizer que houve algumas aulas em estavamos todos um pouco cansados e achavamos o projecto “aborrecido”, mas penso que todos temos consciência que irá ser muito importante no futuro. O que mais gostei neste projecto foi quando tivemos a oportunidade de pôr em prática o Mercado Solidário. Penso que foi a aula mais produtiva de todas, pois pondo em prática percebemos por experiência própria quais os erros e quais as dificuldades para criar um Mercado Solidário. Foi também a aula mais divertida de todas, pois penso que o que não faltou no nosso mercado, foi fortes gargalhadas e bastante animação. Agora que a formação terminou, seguem-se as práticas e devo dizer que estou entusiasmada, penso que vai ser divertido.

Discente: Sara Matos nº34100