2008-07-03

Projecto Solidário de Animação Cidadã - Reflexões críticas

Susana Ribeiro - “Quando nos propuseram a realização desta reflexão, achei que estariam a quantificar de forma injusta a percentagem da mesma, pois o desempenho realizado ao longo do semestre não poderá ter o mesmo valor que uma reflexão final. Porém, depois compreendi que a assiduidade às aulas vai influenciar de forma decisiva este trabalho, favorecendo assim aqueles que se esforçaram e empenharam. Espero então conseguir realizar uma reflexão proveitosa, dado que só faltei a uma única aula. Começo por recordar a primeira aula de projecto. Iniciou-se com a apresentação dos professores e com um enquadramento desse mesmo projecto. Referimos a iniciativa comunitária Equal e o quadro comunitário de apoio. Realçámos também o projecto São Brás Solidário, que se subdividia numa vertente política e numa vertente social. Foi do projecto Animação cidadã para a acção solidária, incorporado na vertente social que nasceu assim o “Projecto solidariedade cidadã” administrado em várias escolas. Seguidamente, foi-nos explicado as diferentes fases existentes, denominadas formação, experimentação e a realização de um encontro nacional. Recordo-me dos professores estarem bastante entusiasmados e reticentes com esta nova disciplina, mas conseguiram cativar-nos e motivar-nos para esta experiência. Na aula seguinte, foi abordado o tema de encontros comunitários. Segundo o livro Animação cidadã para a acção solidária, encontros comunitários são espaços e tempos de partilha e reflexão, focados num território preciso, centrados na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território. Para a criação de um encontro comunitário é necessário proceder a um conjunto de passos. Fazer o levantamento de opiniões; procurar pessoas interessadas em pertencer à organização facilitando a aproximação da população e organizadores; escolher o sitio adequado para a realização do encontro e procurar soluções para a resolução do problema, são etapas imprescindíveis à realização de um encontro comunitário com êxito. Outro dos aspectos muito importantes, é a planificação de um antes, um durante e um depois. O antes remete-nos para a vivência da problemática em estudo e para o envolvimento da população local já referida anteriormente. O depois foca-nos para a mobilização de entidades e pessoas, e para o aprofundamento da dinâmica iniciada. Esta aula foi bastante produtiva porque fez-nos reflectir no sector saber - estar. É essencial criar um espaço de confiança com as pessoas, não nos preocupando apenas com aquilo que fazemos sentir no próximo. Também aprendi que para sermos bons profissionais é preciso saber omitir informações na hora certa, pois por vezes a pessoa não está capacitada para captar as informações. Um educador deve mostrar quem é, com as suas fraquezas, receios, medos e alegrias, mas cima de tudo não podemos esquecer que só conseguimos ajudar o próximo, se nos conhecermos realmente. Ainda nesta aula posemos em prática a teoria apresentada, conseguindo idealizar um possível encontro comunitário. Na terceira aula de projecto, falámos de voluntariado e da importância do núcleo de gestão. Podemos dizer que uma rede de voluntariado é um dispositivo que reúne e mobiliza pessoas para a prestação benévola de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas. Falar da prestação voluntária implica uma disponibilidade individual ao serviço de um processo de transformação do território em que vive e actua. Relativamente à articulação da rede com o exterior, é importante realçar que sem um dispositivo de gestão, de funcionamento e de consolidação, a rede não consegue funcionar. Este núcleo de gestão, assegura a visibilidade e reconhecimento à rede, sensibiliza pessoas e entidades para aderirem à mesma, e por fim motiva a organização comunitária, implementando estratégias locais de promoção da cidadania. Logo, podemos dizer que o núcleo de gestão é um intermediário entre a oferta e a procura. Nesta aula também abordámos o tema voluntariado. É preferível não fazer voluntariado, do que fazer um mau voluntariado (voluntariado qualificado). Para exercermos um bom voluntariado é necessário percorrer um processo continuado. Esta aula, apesar de ser muito teórica, levou-me a pensar na importância da formação dos voluntários/as. Estes devem responder da melhor forma aos problemas que aparecem, conhecendo os seus direitos e os seus deveres. Iniciámos a aula seguinte com uma síntese referente a este mesmo tema. Para além de reforçámos a ideia da formação dos voluntários/as, falámos também nos tipos de prestação, porque não existem duas redes de voluntariado iguais. Podemos diferenciar duas formas de prestação de voluntários/as: na primeira o núcleo tem conhecimento e precisa de voluntários/as, as segundas resultam da iniciativa de grupos voluntários mobilizados para o desenvolvimento de projectos. Considero esta aula como uma das mais completas, porque abrangeu teoria e jogos práticos. Fez-me reflectir na vida das pessoas e nas necessidades dos outros. Há sempre situações que nos ultrapassam, é preferível estar a fazer um mau trabalho “matando” a fome a muitas crianças, e alimentando estas dependências, do que retirar-lhe o pão do dia-a-dia. Para que em certos casos não se alimente dependências era preciso uma formação dos pais, e um apoio sistémico aos mesmos. Na aula seguinte começámos por abordar um tema novo referente às diferentes economias: economia do dom, da troca e da solidariedade. A primeira economia referia-se ao acto de dar sem receber nada em troca, como por exemplo o voluntariado e os encontros comunitários. Na economia de troca temos como exemplo o mercado social, e finalmente na economia solidária, podemos dizer que esta não se refere a uma produção de lucro para uma economia, mas sim para uma produção de bem-estar. Também fizemos referência à evolução da moeda ao longo dos tempos, chegando ao clube de trocas. Este refere-se a um grupo de pessoas que decidem trocar bens e serviços entre si, escolhendo a sua própria moeda. Sendo assim, é importante frisar o mercado social, definido-se este como uma experiência de trocas com recurso a uma moeda social e enquadrando-se no âmbito da economia solidária. Assim, dirige-se para uma produção de bem-estar colectivo, procurando uma participação activa de todos/as, com vista a um funcionamento social justo, social e democrático. Ainda nesta aula, idealizámos um possível mercado solidário e apesar de não estar presente na aula, as minhas colegas puseram-me a par da situação, sugerindo-me propostas aliciantes. Fez-me reflectir para a vida que cada um de nós leva, porque por vezes disponibilizamos o nosso tempo em trabalho e esquecemo-nos daqueles que realmente merecem a nossa atenção, como familiares e amigos. A aula seguinte serviu para compreendermos melhor a estrutura de um mercado solidário. Existem elementos imprescindíveis que me passavam despercebidos. É o caso da sensibilização e mobilização de entidades e pessoas. Sensibilizar todas as entidades existentes através de um diálogo coeso e instruído é extremamente relevante para a adesão ao mesmo. Esta mobilização deve ser feita em mão para que possam ser clarificadas eventuais dúvidas, e assim mostrando que a actividade que estamos a propor está organizada e é consistente. Chegamos ao primeiro “Mercado social” elaborado pelo primeiro ano de Educação Social. Este foi muito relevante para identificarmos eventuais desorganizações estruturais. Neste mercado interagimos com todos os colegas, conhecemo-nos um pouco melhor e pusemos em prática tudo o que tínhamos apreendido até então. Este tipo de iniciativas são bastante produtivas, pois permitem-nos dar uma perspectiva futura de actividades que podemos elaborar. A última aula de projecto remeteu-nos a recordar acontecimentos menos bons, e a partilhámos experiências através de uma actividade de introspecção, sugerida em aulas anteriores. Eu ainda não consigo partilhar esses acontecimentos, mas espero que um dia consiga superar este meu receio, esta minha maneira de ser… Finalmente, realizámos o outro “Mercado social” no dia 18 de Junho de 2008, das 9:30 ás 12:30 no átrio da ESE. Este mercado permitiu dar a conhecer uma das possíveis actividades realizáveis no nosso curso. Na minha opinião estava bem organizado e a moeda, denominada abraço, correspondia ao número de serviços e produtos, o que levou à inexistência de excedentes de moeda. Superou as minhas expectativas, porque para além de existir um grande leque de produtos e serviços, existiram pessoas que se inscreveram na hora. O único inconveniente que encontrei foi o facto de alguns colegas abandonarem o mercado à medida que os seus produtos terminaram. Isto fez com que não existissem pessoas suficientes para a actividade final, que consistia em fazer uma reflexão do mercado, referindo uma apreciação global do mesmo e realçando eventuais desorganizações. Apesar deste imprevisto, enquanto o mercado decorria, tive a oportunidade de falar com outros prossumidores (consumidor + produtor) e apercebi-me que gostaram bastante, estando interessados em participar num próximo. Este mercado vai ficar marcado para a história do nosso curso porque foi o primeiro mercado aberto à comunidade. Resta-me acrescentar que o Mercado Social não é a única actividade que poderíamos realizar para pôr em prática este projecto. Encontros comunitários, redes de voluntariado e feiras de solidariedade poderiam ser outras alternativas. Como já referi anteriormente, encontros comunitários são espaços e tempos de partilha e reflexão, focados num território preciso, centrado na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território. Feiras de solidariedade são causas onde estão associadas componentes de informação, animação, experimentação e reflexão participativa, estrategicamente centradas na promoção de solidariedade num determinado território. E, redes de voluntariado são dispositivos que reúnem e mobilizam pessoas para a prestação benévola de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas. Assim, dou por finalizada a minha reflexão, na qual realço a minha opinião sobre os temas abordados e destaco conceitos imprescindíveis para a realização de actividades futuras”.

Patrícia Populaire - “Eis que o 1º ano já acabou, tão rápido passou, deixando para trás experiências valorosas e uma vasta pluralidade de conhecimentos. Através da disciplina de projecto solidário aprendi conteúdos de que não tinha a mínima noção e que são sem dúvida importantes na nossa carreira como futuros educadores sociais, são eles o conceito e objectivos de um encontro comunitário, da rede de voluntariado, de um mercado solidário e da feira da solidariedade. Estes conteúdos permitem desenvolver um conjunto alargado de competências quer na área de intervenção quer no planeamento de futuros projectos na área social. Com um encontro comunitário, podemos discutir e partilhar ideias, opiniões, criticas. Chamamos as pessoas a intervir e a participar nestes encontros para mudar o que está errado na sociedade e contribuindo assim para o bem-estar do cidadão. A rede de voluntariado como instrumento de animação cidadã já em si permite detectar em conjunto, necessidades de um determinado território onde se pretenda intervir, reunindo e mobilizando pessoas voluntárias para por exemplo procurar respostas as necessidades sentidas num bairro social. Para tal é necessário um dispositivo de gestão que faça articulação entre as opções e disponibilidade de pessoas voluntárias com as necessidades das pessoas ou instituições. Posso dizer que aprendi a diferença entre uma acção voluntária e voluntariado, uma acção voluntária é qualquer acto que se possa reproduzir no dia-a-dia em qualquer hora e qualquer lugar, por exemplo ajudar um idoso a atravessar a passadeira, e voluntariado requer disponibilidade, responsabilidade e compromisso em desenvolver vários actos solidários para o bem-estar social. O mercado Solidário é uma experiência gratificante pela qual passei duas vezes e espero continuar a passar, pois é um momento onde todos nós nos divertimos, damos gargalhadas, nos conhecemos mais e sobretudo onde está presente um espírito de cooperação e inter-ajuda. Num mercado Solidário fazemos o papel de prossumidor (Produtor + consumidor) em que cada um deve trazer um bem, trazer ou fazer artesanato ou fazer um serviço, por exemplo: bolos, sumos, sobremesas, serviço de massagem, manicure, cabeleireiro, etc. É feito um clube de trocas por exemplo, troca-se um sumo por uma massagem e para facilitar essa troca, utiliza-se a moeda que não possui valor nenhum. Aqui aprendemos a ter consciência da gestão do dinheiro e como é utilizado. No primeiro mercado solidário que a nossa turma organizou demos o nome de sol à moeda e no segundo mercado, abraço. Por exemplo: Eu que fiz o serviço de tocar guitarra no primeiro mercado solidário, “ pedia” 2 sois e no segundo pelo serviço de massagens, pedia 4 sois. Assim o mercado solidário transforma-se num espaço acolhedor, de participação e experimentação, mas para tal é necessário boas condições para que funcione, por exemplo, é necessário criar e dividir adequadamente o espaço para a venda de bens e serviços, instalar as mesas e as cadeiras, decorar o espaço, instalar as bancas para os serviços onde possam ter acesso a electricidade, gerir as moedas e fazer a animação (pôr música, divulgar o acontecimento) etc. Quanto a feira de solidariedade, pretende-se conquistar a participação das pessoas num evento onde se possa aprender variadíssimas coisas interessantes e dar asas a criatividade. É um espaço de acolhimento e de aprendizagem em que as pessoas são chamadas a intervir em múltiplas situações, demonstrando a sua acção solidária. Resumidamente, esta disciplina forneceu-me o essencial para poder compreender todos estes conteúdos não só pela teoria mas também pela prática, como a doutora Priscila disse e muito bem “ O que oiço esqueço, o que vejo recordo, o que faço aprendo”. Sem dúvida que é verdade, é com a prática que retiramos as nossas dúvidas e que remediamos possíveis erros. Em relação às formadoras Lia e Priscila que dedicaram parte do seu tempo a dar-nos esta formação de 32 horas, resta-me agradecer pelo tempo que gastaram connosco, pois proporcionou-me experiências nunca antes vividas. Nalgumas aulas, propuseram-nos actividades em grupo que contribuíram para fomentar o convívio, a participação, a comunicação, a cooperação e o respeito entre todos, valores essenciais que devem estar sempre presentes num futuro educador social, pois é necessário ter sempre em consideração a opinião do outro e vice-versa. Este projecto é importante no sentido em que nos facultou a formação necessária para que um educador social possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, através da participação activa das mesmas na comunidade. Vivemos num mundo onde permanece as injustiças sociais, a violência, o desrespeito, o egoísmo, o racismo, a discriminação, a preponderância e a intolerância, e é neste sentido que a mãozinha do educador social pode ajudar a modificar e a melhorar este mundo. Concluindo, desde que entrei no curso, sinto orgulho em pertencer a ele, pois já passei com ele bons momentos que os irei recordar com muita alegria. Acho que umas das coisas mais importantes, para uma pessoa se sentir bem com aquilo que faz é gostar do que se faz e em relação a isso não tenho razões de queixa em relação ao curso. Estou a adorar, pelo que também já passei por algumas das experiências das minhas colegas do 3º ano e 4ªano, e pelas quais estou desejosa de passar outra vez, ao ter participado na Matiné Dançante no Black Jack de Vilamoura no dia 21 de Maio de 2008 para os idosos, uma iniciativa com muito sucesso, e no 2º e-motion festival decorrido no dia 5 de junho de 2008. Espero conseguir contribuir para que este curso continue a fazer muito sucesso. Assim me despeço com um sincero obrigado por tudo o que vivenciei até agora. "

Vasco Cary - "Em primeiro gostava de salientar a importância de disciplinas como estas num curso de apenas 3 anos, derivado a ter uma grande componente real do mundo no qual em breve vamos entrar, sendo que assim logo no 1º ano temos acesso a alguma da realidade do trabalho futuro. Também realço o facto de termos tido o privilégio de poder adquirir e partilhar conhecimentos com profissionais da área que possuem anos de trabalho no terreno na realização de projectos variados tendo acumulado uma grande variedade de conhecimentos e experiencias que foram partilhadas nas aulas o que nos proporcionou uma experiencia muito enriquecedora pela possibilidade de poder adquirir conhecimentos e relatos na primeira pessoa de profissionais que estão no terreno. Estaremos desta forma a ser alertados para problemáticas que nos irão fazer frente num futuro muito próximo. O facto de ter sido o primeiro ano em que foi leccionada esta disciplina deu origem a que tivessem ocorrido situações menos esclarecedoras que tiveram de ser alteradas e esclarecidas no decorrer do período lectivo. No que diz respeito aos conteúdos que foram leccionados nas aulas começamos por ser esclarecidos da importância do papel do Educador Social, que foi seguido de um debate bastante esclarecedor e produtivo do que será em breve o nosso papel na sociedade. O outro tema que abordamos foi o conceito de Encontro Comunitário tendo sido acompanhado de um powerpoint com varias imagens e da partilha do conhecimento que as formadoras possuem sobre este conceito. Abordamos também o conceito de Rede de Voluntariado que foi o tema chave numa das aulas, através do caso em São Brás de Alportel, analisamos as várias fazes deste processo que são: descoberta do local em estudo, serviços públicos e entidades com intervenção no Concelho; o papel destas entidades positivo/negativo e por fim detectar as suas lacunas para se iniciar a intervenção. Foi também vista a importância do núcleo de gestores para uma boa funcionalidade da rede de Voluntariado e para que esta possa operar com qualidade e como um dispositivo funcional. Por final as funções do dispositivo de gestão composto por procura, núcleo de gestão e oferta. Outra das temáticas em destaque foi o deficiente trabalho que pode ser prestado à sociedade por redes de Voluntariado mal organizadas. Por último debatemos a gestão duvidosa de donativos entregues a algumas instituições. O tema da Economia Solidária foi o conceito que desde já não me convenceu, não sei se pela forma como foi exposto ou por achar que pode fazer sentido se fosse posto em pratica de uma forma mais lúdica que passo a explicar em seguida. Economia Solidária consiste em trocas directas ou circulação de moeda própria em que o consumidor também é produtor a que se dá o nome de prossumidor, e que essas trocas estão abertas apenas a este grupo restrito, que me parece que promova alguma exclusão em vez que inclusão. Eu partilho da opinião de que este mundo global em que o consumismo é feito de uma forma desmedida, não é o caminho correcto, e que se assim continuar a vida na terra pode ter os seus dias contados. Agora, daí a que este modelo económico da idade média seja funcional nos dias de hoje, discordo. A vida é um perfeito corre corre sem tempo para a família e fazer o que mais gostamos pois o trabalho leva-nos todo o tempo e mais algum. Como alternativa defendo que o processo de educação das crianças assente em princípios com a consciência dos benefícios e malefícios da globalização e consumismo, criando politicas de apoio a idosos e crianças como por exemplo famílias que tenham idosos e crianças a seu cargo tenham redução de horários e apoios financeiros para que idosos e crianças não sejam despejados nas instituições. Este tipo de clubes de troca na minha óptica terá todo o sentido sendo visto como iniciativa lúdica com o objectivo de socializar pessoas de vários estratos e estatutos sociais e diferentes idades. Podendo também promover a ocupação dos tempos livres dos reformados, sendo um hobbie transgeracional. De todos temas abordados este foi o único com o qual não concordo com a mensagem que me foi transmitida. Seguidamente da explicação do conceito de Economia Solidária, começamos por abordar o tema do Mercado Social onde no qual podemos por em prática os conhecimentos da Economia Solidária. Ao debatermos este tema do Mercado Social, foram atribuídas as tarefas a cada proconsumidor para o mercado, bem como os serviços que cada um irá prestar divididos em: Agroalimentares / Artesanato / Serviços. Para que uma Feira Solidária tenha sucesso temos de começar por sensibilizar os indivíduos para este tipo de eventos. A Comissão Organizadora do mercado tem como função dominar todo o programa e conceitos que envolvem a feira para esclarecer visitantes e informa-los no que for necessário, bem como definir o formato da feira. A primeira Feira da Solidariedade que realizamos evolveu toda a turma e como recinto utilizamos a sala de aula. Foi uma iniciativa que apelou ao convívio entre a turma, troca ou compra de serviços com uma moeda própria, os solidários. A Feira decorreu durante cerca de 3h e foi uma iniciativa com alguma dinâmica e muita alegria. Esta foi a nossa primeira experiencia na realização do um Mercado Social que voltamos a repetir mas num contexto mais amplo. O segundo Mercado foi realizado no atrium da Escola Superior de Educação com a participação de colegas de outras turmas do curso de Edução Social, e a moeda foi o abraço. Foi um evento mais alargado e mais exposto à comunidade escolar realizado com o apoio dos professores em vez dos formadores como tinha sido no primeiro. Penso que este segundo correu melhor que o primeiro, pois teve mais impacto, a mensagem foi passada para um numero maior de pessoas e teve mais intervenientes o que fez com que o mercado tivesse sido mais dinâmico, pelo maior numero de serviços e maior numero de participantes promovendo assim interacção entre colegas do mesmo curso. Gostava de terminar a minha reflexão deixando um pequeno comentário sobre o papel das formadoras nesta disciplina. Eram duas pessoas completamente diferentes em que uma delas revelava um enorme conhecimento, experiencia e domínio de todos os conteúdos que nos foram leccionados, e acima de tudo revelava uma humildade, calma e disponibilidade para qualquer que fosse a situação ou a dúvida em causa. Já no que diz respeito à outra formadora não desvalorizo todo o conhecimento e experiencia adquiridos porque por certo já é muito alargado mas por outro lado falta-lhe muita humildade e demonstrou muita prepotência em certas alturas, tendo em casos pontuais ter sido bastante indelicada para com colegas. No final de tudo tenho muitos conhecimentos a retirar desta formação e acho que foi uma iniciativa bastante produtiva e enriquecedora a nível pessoal e de turma"
Sara Matos - "Inicialmente gostaria de referir que considero esta disciplina bastante importante para o nosso curso. Na minha perspectiva esta retrata muitas situações reais da nossa sociedade, faz com que aos poucos tomemos consciência das várias situações que vão surgindo aos poucos na nossa sociedade. É de salientar também que ao longo deste semestre e graças às formadoras “Lia” e Priscila enriquecemos quer a nível pessoal quer a nível colectivo, através das informações que nos deram e também dos seus depoimentos enriquecidos por uma enorme experiência de vida. Na minha opinião um dos pontos altos desta formação é o facto de nos alertar para problemáticas que poderão surgir futuramente. Ao longo desta formação foi-nos referido quatro temas chave (os encontros comunitários, a rede de voluntariado, os mercados sociais e as feiras solidárias).Através dos encontros comunitários pude apreender que se trata de um espaço e um tempo de partilha e reflexão, focado num território preciso, centrado na abordagem de uma problemática pertinente para esse mesmo território, aberto à participação de todas as pessoas que nele residem. Nos encontros comunitários um ponto que é importante salientar é que o tema que é escolhido deve ter em consideração as necessidades e os interesses das pessoas, pois como nos foi dito ao longo da formação e ao longo deste ano foi que nós trabalhos com as pessoas e não para as pessoas. Podemos também acrescentar que o encontro comunitário pode-se dividir em três fases distintas e complementares, o antes, o durante e o depois. No antes, o fundamental é concluir quais as necessidades que as pessoas em estudo têm, isto pode-se fazer através de questionários. No durante, o principal é o diálogo, explicar as problemáticas e quais as formas de intervenção. Por último, no depois o principal objectivo é tentar que os problemas apresentados sejam resolvidos. A segunda temática a ser apresentada foi a rede de voluntariado, uma das áreas que me interessou especialmente. O voluntariado já me despertava algum interesse, porém só através da formação é que ganhei consciência da sua importância quer para mim quer para a sociedade em geral. No momento em que experienciei o acto de voluntariar fiquei completamente fascinada e com certeza futuramente irei repetir esta magnífica experiência. Através da formação percebi o significado do conceito de rede de voluntariado. Uma rede de voluntariado é um dispositivo que reúne e mobiliza pessoas para a prestação benéfica de acções de interesse social, procurando dar resposta adequada a necessidades não satisfeitas, ou seja, a rede de voluntariado pretende satisfazer as necessidades das pessoas mais carenciadas. É importante que no acto de voluntariado, o voluntário se consciencialize do seu papel e acima de tudo que se foque apenas naquilo que vai dar e não no que vai receber. Por vezes existem coisas bem mais importantes (e não palpáveis) que uma remuneração, a experiência de vida, a gratificação, ao saber que se está a ajudar quem mais necessita, e especialmente o carinho trocado entre as pessoas. Os últimos temas que me faltam abordar são os Mercados solidários e a Feira da solidariedade, devo dizer que irei dar uma maior enfâse aos Mercados solidários. Considero que a feira da solidariedade é um conceito muito bem concebido, uma vez que se centra na promoção da solidariedade num determinado território. Uma feira solidária era algo em que gostaria de participar e na minha opinião penso que é algo de útil para a nossa sociedade, pois na actualidade as pessoas dão importância a coisas insignificantes e por vezes esquecem-se daquilo que é realmente importante, ou seja, uma rica interacção social entre povos e culturas bastante distintas. Nos Mercados solidários foi nos explicado o conceito de prossumidor, este consiste em trocas directas ou circulação de moeda própria em que o consumidor também é produtor, e que essas trocas estão abertas apenas a este grupo restrito. Inicialmente quando abordamos este tema, eu fiquei com grandes dúvidas e sentia que o conceito de prossumidor não fazia sentido, na minha opinião estamos numa sociedade muito consumista e um projecto destes não iria mudar isso, mas à medida que fomos reflectindo sobre os mercados solidários e só depois de criarmos o nosso mercado social é que entendi qual o objectivo e qual o conceito do Mercado, penso que o mais importante é que as pessoas ganhem consciência que não podemos viver num mundo onde o consumismo predomine, mas sim onde a troca substitua a recepção. Como referi anteriormente irei dar mais destaque aos mercados solidários, uma vez que foram os mais abordados e pusemos em prática mais frequentemente. Não poderia terminar esta reflexão sem falar dos nossos Mercados Sociais, estes consistiam em pormos em prática o conceito de prossumidor, onde cada pessoa levava um bem (artesanato, bolos, bolachas, sumos etc) ou um serviço( pintar unhas, arranjar cabelos, massagens etc) e através de uma moeda que tinha como nome fazia-se as trocas. Devo dizer que foi uma grande experiência que me satisfez bastante. O primeiro mercado social que realizamos foi restrito a nossa turma e devo dizer que foi o mercado que mais gostei, pois foram 4 horas de pura diversão e de pura aprendizagem. Penso que com a realização do mercado social todos nós interiorizamos melhor o conceito e percepcionamos por experiência própria quais as dificuldades que o mercado social acarreta e a responsabilidade que nos é confiada. Como o nosso primeiro mercado social correu bem e penso que conseguimos detectar quais os erros cometidos, decidimos entre todos(professores e alunos) realizar novamente um mercado social mas desta vez, o mercado foi aberto a todas as pessoas do curso de educação social que tivessem a curiosidade de experimentar. O mercado ocorreu na Escola Superior de Educação, na Universidade do Algarve, à vista de todos os curiosos que passavam. Era dada a oportunidade de um esclarecimento acerca do conceito de mercado social, a quem estivesse interessado. Quero salientar que adorei os momentos que vivemos durante os mercados sociais, pois penso que o que predominou foi o convívio e a interacção social e esse era o nosso maior objectivo.Em suma, gostaria de agradecer a todas as pessoas envolvidas neste projecto, uma vez que nos proporcionaram não só momentos de aprendizagem como também momentos de diversão e interacção. Penso que foi uma formação bastante produtiva e relevante para o nosso curso".


Vanessa Martins - "Sinceramente não sei por onde começar, ao mesmo tenho tanta coisa para dizer, mas ao mesmo tempo não o consigo passar para o papel. Este ano para mim, foi um ano cheio de mudanças, adquirir novos conhecimentos, aprendizagem, alegrias, novas amizades, etc. E foi através da cadeira de Opção: Projecto solidário para Animação Cidadã que aprendi alguns valores, como ter respeito pelos outros e vice-versa, ter em atenção às necessidades das pessoas, foi nesta formação que aprendi diversos conteúdos que estão relacionados com o nosso curso, pois num futuro próximo podemos desenvolver esses conhecimentos, quer na área da intervenção social, quer também em futuros projectos de ordem social, ou seja, na área social. Poderia estar aqui a resumir tudo o que nos foi dado pelas formadoras ao longo desta formação, mas para mim o mais importante, é a questão que coloco a mim mesma, é o que aprendi com esta formação, o que “ganhei”. Para mim ao mesmo tempo é fácil de responder, mas ao mesmo tempo torna -se um pouco difícil. Mas através desta formação aprendi o que era um encontro comunitário, rede de voluntariado, um mercado solidário e uma feira da solidariedade. Primeiramente, desde o inicio da formação não estava a perceber em que contexto esta disciplina estava relacionada com o curso, mas depois ao longo do tempo percebi que com esta disciplina aprendemos a ser pessoas mais conscientes do mundo em que vivemos, de tudo o que se passa ao nosso redor, a sermos solidários para com os outros, e nós como Educadores sociais, como o professor Joca mencionou numa aula, temos que ser pessoas autênticas, achei o que o professor Joca disse muito importante, pois como nós sabemos, temos que trabalhar com as pessoas e não para as pessoas. Não se trata de ajudar as pessoas, pois ajudar todos ajudam de diversas formas, temos que fazê-lo com coração, respeito, dignidade, trabalhar sempre com as pessoas, e nunca para as pessoas, sermos solidários, sensibilizarmos com as diversas situações do nosso dia-a-dia, pois em cada cantinho do mundo há sempre alguém que precise de nós, e nunca é tarde para ajudá-los no que se pode. Pois estamos no Mundo onde “reina” a hipocrisia, a discriminação, o desrespeito, a violência, os preconceitos, enfim tudo isso e muito mais, pois temos que ser realistas nós não vivemos num mundinho cor de rosa, onde tudo, e todas as pessoas são perfeitas. E é aqui que nós como Educadores Sociais que somos, temos e devemos intervir, de forma a tentar mudar a mentalidade das pessoas, porque se não formos nós a termos iniciativa, quem o fará por nós?! Numa das aulas também falamos de voluntariado, aqui já tinha conhecimentos sobre voluntariado apesar de o nunca ter feito, mas a partir do momento em que foi mencionado, tive a possibilidade de fazê-lo, participando na Matiné Dançante no Black Jack de Vilamoura no dia 21 de Maio de 2008 para os idosos, para mim foi sem dúvida alguma uma experiência enriquecedora, gratificante, adorei estar rodeada com aqueles idosos, e de alguma forma proporcionar-lhes um dia diferente, pois como sabemos os idosos na nossa sociedade são considerados como velhos, mas velhos são os trapos, porque apesar da idade que essas pessoas têm, ainda conseguem fazer diversas coisas, até mesmo dar um pezinho de dança, foi uma iniciativa com muito sucesso, as colegas do 3º e 4º ano estão de parabéns, assim como os professores e toda as pessoas que estavam envolvidas nesse projecto, também tive a possibilidade de fazer voluntariado no 2º e-motion festival decorrido no dia 5 de Junho de 2008 também gostei de ter participado. Estas experiências de voluntariado foram para mim um “despertar” para fazer mais e mais, pois fiz com alma e coração, sem esperar nada em troca, e apesar de nunca ter feito voluntariado, não me arrependi de fazê-lo, gostei e estarei atenta para eventuais iniciativas, e sempre que possível irei participar, tendo sempre ciente que fazer voluntariado não se trata de uma intervenção de caridade, e não substitui o trabalho profissional. Em uma das aulas, as formadoras falaram em mercado solidário, mais uma vez nunca tinha ouvido falar desse nome, primeiro explicaram o que era um mercado solidário, em que consistia, o que se usava nesse mesmo mercado, quem podia participar, essa aula foi um pouco mais teórica, mas no final dessa mesma aula foi sugerido à turma a organização de um mercado, achei a ideia interessante, pois estávamos a pôr em prática, algo que nos tinham dado na teórica. Para mim, sem dúvida alguma, gostei muito de participar no mercado solidário, alias no nosso Mercado, pois com a realização deste, no meu ponto de vista foi importante em termos de solidariedade, aqui não interessava o dinheiro “vivo” mas sim a solidariedade das pessoas que participavam e que deixavam a sua “marca”, quer com bens, quer com serviços, e o que importa é o espírito de solidariedade das pessoas. E no meu ponto de vista, foi sem dúvida um momento interessante, pois pode ser utilizado em outros contextos na nossa sociedade, pois nunca é tarde para “abraçar” uma causa tão nobre que é o espírito de solidariedade. Em relação às formadoras Lia e Priscila que dedicaram parte do seu tempo a dar-nos esta formação de 32 horas, resta – me agradecer pela formação que nos deram, e que sem dúvida alguma permitiu a todos nós ter uma visão diferente sobre uma determinada situação, obrigada por tudo, obrigada pela disponibilidade. Em algumas aulas propuseram-nos actividades em grupo que contribuíram em parte para o convívio, a participação, comunicação, opiniões, etc. dos alunos, ou seja, com os colegas de turma. Para finalizar, fiquei “satisfeita” com esta formação, por todos os motivos que já mencionei anteriormente, e consegui perceber a importância desta disciplina para o nosso curso. E no que diz respeito ao curso, com toda a sinceridade desde o inicio não estava com nenhumas expectativas, pois não era este o curso que realmente queria, não sabia nada sobre este curso, estando assim desmotivada, mas com o passar do tempo, fui criando e tendo outra visão do curso, e posso dizer que hoje não estou arrependida, pois até estou a gostar, despertou em mim certos valores, a estar mais atenta ao que se passa na nossa sociedade, posso dizer que estou orgulhosa de pertencer a este curso, já passei muitos bons momentos.Agora resta-me agradecer por tudo o que já passei por este curso, sem a colaboração dos professores e das formadoras, (no caso da cadeira Projecto Solidário para a Animação Cidadã) isto não era possível. Que venha o próximo ano. "


Sophie Agostinho - “No âmbito do curso de Educação Social, nós alunos do primeiro ano tivemos uma formação de 72h, cujo, o nome se designava “Projecto Solidário para a Animação Cidadã”, esta divide-se em quatro grandes temáticas, Encontro Comunitário, Rede de Voluntariado, Mercado Solidário e por fim a Feira da Solidária. É de salientar, que esta formação foi bastante marcante para alguns, isto porque nem todos demonstraram a mesma entrega e carinho a esta oportunidade única. Assim, verifica-se que a formação teve uma extrema importância para mim como futura Educadora Social, visto que existiam conceitos que desconhecia. Para além as temáticas da formação são extremamente importantes para o nosso futuro, o Encontro Comunitário, e a rede de voluntariado encaixam-se mais na parte de resolver problemas, ou seja, o encontro comunitário tenta resolver problemas do senso comum, e a rede de voluntariado por sua vez, é uma forma de gerir um grupo de indivíduos que são voluntários. Por outro lado, as outras duas temáticas restantes acabam por se encaixar mais na parte lúdica, animação, o Mercado Social e a Feira de Solidariedade isto porque promove a interacção e dinâmica colectiva. Logo, estas quatro temáticas dá perfeitamente para aprofundar enquanto estiver nas práticas e mesmo a trabalhar. Assim, esta temática podem ser implementadas num lar, por exemplo, porque todos nós sabemos fazer qualquer coisa, e com desta forma conseguimos conhecermo-nos melhor. Para além disso, das quatro temáticas anteriormente referidas somente o mercado social é que foi realmente colocado em prática, o que nos da uma percepção fantástica do que realmente a actividade tem de interessante. Sem dúvida com esta temática conseguimos dar voz ao curso, porque todos os que não puderam participar ficaram motivados para uma próxima. Assim, para além desta vertente, a formação foi bastante importante porque acabou por influenciar algumas acções em mim, principalmente o trabalho em grupo, isto porque, nós estamos habituados a trabalhar com um número restrito de pessoas, talvez por empatia, pelas personalidades, existem vários factores, mas ao longo da formação foram criadas actividades lúdicas pedidas pelas formadoras e assim, foram surgindo grupos de forma aleatórias, criando assim, novos elos de amizade, saber ouvir e respeitar mais opiniões. De facto, esta formação contribuiu bastante para que conseguisse mudar nesse aspecto. Mas, como se costuma dizer, nem tudo é um mar de rosas, e a formação apesar de excelente, acaba sempre por ter pequenas falhas. Assim, posso realçar algumas, a primeira foi no primeiro mercado social, em que umas colegas minhas, por falta de dinheiro não puderam levar produtos executados por elas, então compraram alguns pacotinhos de sumo, mas, o problema surgiu quando o mercado social terminou e as minhas colegas saíram da aula, e foram criticadas por não levarem produtos feito por elas, quando não estavam presentes para se defenderem. Além disso, outro ponto que não gostei foi sem dúvida alguns elementos da turma não participarem na organizarem do segundo mercado social, e como se costuma dizer encostaram-se aos outros, acho muito mal, porque se calhar tem a mesma nota de outros elementos que participaram, e por terem uma reflexão final boa, acabam por ser beneficiados. Existem muitas pessoas, que não tem humildade, não tem estofo para estar neste curso. Por outro lado, houve pequenas coisas que eu gostei muito, como o caso, da temática do Encontro Comunitário que sem dúvida foi o que mais gostei ao longo da formação, isto porque de forma mais prática conseguimos ajudar ou tentar mudar o que está mal, por outro lado a actividade lúdica que mais gostei foi sem dúvida a Boneca, conseguimos partilhar histórias de vida que nunca tínhamos partilhamos, soubemos ouvir, rir, e inclusive chorar bastante, coisa que nunca tinha acontecido anteriormente. Esta parte foi sem dúvida o que mais me marcou. Verifica-se ainda que esta formação pode ajudar em termo de mudanças sociais, isto nota-se no projecto S. Brás Solidário, ou seja, as temáticas que nos foram dadas, ao longo da formação, encontram-se neste projecto colocadas em prática. Logo, como futura educadora social, poderia realizar um projecto semelhante numa aldeia, vila em desenvolvimento, com o intuito de promover uma união da população em prol do melhoramento da vila. Assim, para que se possa resolver problemas do senso comum temos o encontro comunitário para resolver ou pelo menos tentar, a rede de voluntariado tem o intuito de organizar e orientar os voluntários do projecto, por outro lado, o mercado social e a feira de solidariedade como já referi a pouco tem o intuito de promover a inter-ajuda, união, partilha, o que faz numa vila em desenvolvimento vá ganhando laços entre as pessoas, visto que hoje em dia é cada vez mais difícil. É de se notar, que a formação teve um grande impacto a nível do meu futuro como educadora social, visto que posso vir a praticar estas temáticas no futuro próximo, coisa que nunca tinha pensado, e com esta reflexão vi mesmo que esta formação foi bastante útil, e sem dúvida importante para nós, porém nem todos pensam da mesma forma e acham esta formação desnecessária e desinteressante. Para completar, a reflexão há que realçar o facto, de que a formação pode vir a mudar a escola e o curso, isto porque nós ao promovermos por exemplo um encontro comunitário tentamos mudar algo que está mal, ou que incomoda várias pessoas, nós ao realizarmos o encontro comunitário estamos a promover a mudança em prol da melhoramento das condições de tudo e todos, em consequência o curso fica visto de outra forma aumentando assim o prestígio .Em suma, esta reflexão serviu para rever tudo o que fizemos, aprendemos ao longo da formação, assinalando as coisas boas e as coisas más, isto tudo para que uma próxima a coisas seja cada vez mais perfeitas. Resta-me desde já agradecer, a todos os professores envolvidos, Professor, Joca, Hélder Raimundo e Professora Cláudia, além disso os meus agradecimentos estendem-se às formadoras, Lia e Priscilia, e por fim a todos os colegas que se dedicaram a 100%, e que fizeram desta formação única.”

Cátia Carvalho -“Apesar das minhas dúvidas quanto ao interesse e importância que o Projecto solidário para a animação Cidadã iria suscitar no nosso ano, o que é certo é que, estas secções tiveram muita relevância a nível pessoal, porque cresci, mas também para a minha formação como futura educadora social, pois deu-me a percepção exacta do trabalho que posso vir a desenvolver. Inicialmente, considerava que não tínhamos idade nem maturidade suficiente para estar-mos em contacto com este projecto, mas aos poucos, a minha opinião foi mudando, pois este projecto permitiu-nos estar logo no primeiro ano em contacto com um projecto que ira ser importante para toda a nossa formação, uma vez que tivemos a percepção como se inicia um projecto, de como ele é aceite e financiado, as parcerias que pode ter e as dificuldades que encontramos ao longo da sua realização. As nossas formadoras transmitiram-nos, que temos acima de tudo, de ter uma grande flexibilidade a todos os níveis, para que assim, se consiga combater todas as adversidades que podem surgir ao longo do projecto, salientando também a importância de cooperação, companheirismo e do trabalho de equipa, para que assim se consiga um projecto forte e coeso e que chegue realmente ao público alvo que queremos atingir, porque como disse a Priscila, “se todos lutarmos em prol do mesmo, o resultado final será muito mais enriquecidor”. Este projecto, teve então início com a iniciativa comunitária EQUAL e a enumeração dos seus vários princípios (parcerias, participação, Empowerment, inovação, igualdade de oportunidades, transferibilidade), passando pela organização estrutural deste, que tem três acções (Diagnóstico, Intervenção, Dissemininação), posteriormente a apresentação do projecto São Brás Solidário que tem duas vertentes, política e social, dentro da vertente política e da acção três, surgiu então a apresentação do projecto de solidariedade cidadã. Saber como se desenvolveu o projecto foi deveras importante não só pelas razões já indicadas, mas também, porque nos ajudará na prática no futuro. De todo este projecto, destaco pessoalmente, o São Brás Solidário, que teve como principal objectivo obter uma dinâmica e participação colectiva do maior número de pessoas da vila, para que todas juntas pudessem contribuir para melhorar a qualidade de vida de todos quantos lá habitam, mas também porque foi o projecto que envolveu mais massa humana, e teve inúmeras actividades, mercados solidários, as feiras, a rede de voluntariado, e os encontros. Foi também, na minha opinião, importante combater a perda dos laços de sociabilidade, da destruição da harmonia social, e o enfraquecimento da identidade cultural.Contudo, acho que para além de referir os conteúdos teóricos que as formadoras nos transmitiram, o mais importante é dizer, que foi através desta opção que aprendi alguns conceitos, como mercado solidário, feira da solidariedade, encontro comunitário, educação formal e não formal e que aprofundei outros, como por exemplo, o que é ser voluntário e o que é uma rede de voluntariado. Esta disciplina, suscitou-me o gosto pela partilha, o respeito pelo próximo, uma maior atenção aos problemas das pessoas e acima de tudo perceber as vantagens que podemos ter ao trocar-mos ou doar-mos o pouco que temos com o outro. A conscientização, é também sem dúvida, uma vantagem desta formação, percebemos o que realmente se passa à nossa volta, a realidade em que vivemos, e que muitos tentam mascarar, esta realidade é importante, pois o objectivo é trabalhar em parceria com as pessoas consoante as necessidades e objectivos de cada um, e não para as pessoas. Há que ter em conta a diversidade dos casos, e não ver as pessoas como um todo, mas sim, como um ser com necessidades próprias e com a sua própria personalidade. Temos de trabalhar com dignidade, respeito, mas acima de tudo com um espirito solidário. É importante demonstrar ás pessoas que são importantes, que têm valores e que são úteis em muitas coisas. Esta disciplina, fez-me pensar que por muito que a nossa vida seja agitada, há sempre um tempo para dedicar aqueles que mais precisam, foi a partir desta formação que fiquei mais sensibilizada para fazer voluntariado, e já o fiz neste segundo semestre em contextos diferentes. Não posso, também deixar de salientar, a importância da prática de tudo o que aprendi, para alem do voluntariado, os exercícios de grupo nas aulas, que contribuíam para a cooperação entre todos, e levaram-nos a reflectir sobre a realidade da sociedade em que vivemos, e o quão importante tem sido todos os acontecimentos da nossa vida. Os mercados sociais, foram também importantes, não só para expor os conceitos, mas também, porque privilegiou o contacto com pessoas, uniu mais a turma, convivemos e projectar-mos o nosso curso na universidade. Posteriormente, o que nos veio ao pensamento, é que, se o dinheiro fosse dividido entre todas as pessoas do mundo, o mundo seria muito melhor e todos teríamos acesso aos bens e serviços necessários para ter-mos uma vida digna, sem fome, sem rejeição, sem medo. Para finalizar não posso deixar de salientar a disponibilidade e empenho de todos os professores envolvidos, mas também, e apesar de tudo, das formadoras Lia e Priscila pela disponibilidade."

2008-07-02

Educação de Adultos II - Avaliação final

Nota final

VÂNIA RODRIGUES - 10
SARA MARTINS - 13
AURORA COELHO - 15
ANA TIMÓTEO - 13
VERA VARELA- 10
MELISSA PERRUCA- 11
ANA FILIPA FERREIRA- 15
CARLA MARQUES- 15
CATARINA BERNARDINO- 13
LÉNIA GONÇALVES- 15
ALÍCIA JEREMIAS- 13
ANA RODRIGUES- 14
ANA AFONSO- 13
ANA MORAIS- 13
ANDREIA CORDA- 13
CAMILA SANTOS- 13
CÉLIA PAZ- 14
JOANA SILVA- 13
LÍGIA SEQUEIRA- 13
NILZA MACEDO- 15
SANDRA SILVA- 13
SÍLVIA NEVES- 16
SUSANA JOAQUIM- 14
TÂNIA CUNHA- 13
LEONOR VIEGAS- 18
JOÃO BARROS-10
ÂNGELA NORTE- 13
CAROLINA BERNARDO- 13
DANIELA CAMPOS- 16
EVA FAUSTINO - 13
JESSICA PINTO- 13
MARTA NUNES- 10
MICAELA BOM- 13
SANDRINA MARCOS - 12
SARA MARQUES- 13
ANDREA LOUREIRO- 11
LILIANA JOÃO - 12
CARLOS SANCHEZ- 12
LUCIA GUERRERO- 12
ÉLIA PARENTE - 15

2008-07-01

Curso de Profs. 1º C.E.B. - 4º Ano

AVALIAÇÃO - Disciplina de SUPERVISÃO II

Alunas-Partic.(4) Reflex.(5)Trabalho(4)Apresent. Trab.(3) Reflexão final (4) Nota final

Andreia Costa-14;15;14;16;15;15
Rui Brazuna-16;15;14;16;15;15
Ana Paulo-14;15;13;15;15;15
Daniela Almeida-15;15;13;15;15;15
Leila Conceição-16;16;15;16;15;16
Raquel Dias-16;16;15;16;16;16
Célia Saraiva-12;14;11;-;13;12
Cátia Alagoinha-15;14;11;15;13;14
Sónia Filipe-12;12;10;-;11;11
Adriana Cadete-15;14;10;-;11;13
Ana Figueiras-16;16;15;16;16;16
Beatriz Jacó-16;17;15;16;16;16
Raquel Espada-15;15;15;17;15;15
Agnes Amarelo-16;15;15;17;15;15

Curso de Profs 1º C.E.B.- 4º Ano

Avaliação da Prática Pedagógica II

Alunas-Dossier (2,5) Caract. (2) Plano de Reforço (2,5) Diário (1) Coop(12) Orient.(12) Nota final

Andreia Costa-16;15;16;15;15;16;16
Rui Brazuna -16;15;16;15;15;16;16
Ana Paulo-15;15;16;15;16;16;16
Daniela Almeida-15;15;16;15;16;16;16
Leila Conceição-16;17;16;16;15;16;16
Raquel Dias-16;17;16;16;15;16;16
Célia Saraiva-15;14;15;15;14;15;15
Cátia Alagoinha-15;14;15;15;14;15;15
Sónia Filipe-14;13;14;14;14;14;14
Adriana Cadete-14;13;14;14;15;15;15
Ana Figueiras-16;16;18;16;16;16;16
Beatriz Jacó-16;16;18;16;17;17;17
Raquel Espada-15;16;16;15;15;16;16
Agnes Amarelo-15;16;16;15;15;16;16