2009-12-22

Uma história que podia ser de natal....no tempo em que os animais falavam

O Homem, a cobra e o ouriço-cacheiro

Havia um guardador de rebanhos que pastoreava o seu gado numa encosta de um monte onde havia um moledo de pedras de onde apareceu uma pequenina cobra.
O pastor e a cobra fizeram-se amigos, tendo o pastor começado a chamar de “menina”.
O pastor, todos os dias, quando se aproximava daquele local chamava a “menina”, à qual dava leite tirado do seu rebanho. E assim se foi reforçando uma grande amizade entre eles.
Mas, um certo dia, esse homem pensou em vender o rebanho e ir viver para a cidade, onde ficou muitos anos sem saber nada da sua amiga “menina”.
Ao fim de muitos anos regressando às origens, passou um dia por aquele local e disse para um amigo: “nestas pedras vivia uma cobra a quem eu chamava de “menina” e que todos os dias vinha ter comigo. Parece-me que, se ainda hoje a chamasse, ela aparecia”.
E então começou a chamar: “menina, menina, …” e apareceu um grande bicho que se aproximou convencida que ele tinha leite para lhe dar. Mas como tal não aconteceu, ela ficou muito furiosa e queria matá-lo. Mas depois, num diálogo entre eles, o homem começou a querer convence-la de que não era justo ela lhe querer fazer mal, porque ele já lhe tinha feito muito bem. Mas ela disse que o “bem” se pagava com o “bem-mal”.
Como não chegaram a consenso, acordaram ir correr mundo para perguntar a todos os animais qual era a sua opinião sobre o caso.
Puseram-se a caminho e a cada animal que encontravam perguntavam:
- O bem paga-se com o “bem” ou com o “bem-mal”?
E por estranho que pareça todos os animais respondiam que era com o “bem-mal”.
O homem Já estava a ficar sem esperanças em relação ao seu destino, ate que se aproximaram de um ouriço-cacheiro e perguntaram: “amigo, o “bem” paga-se com o “bem” ou com o “bem-mal”? E o ouriço-cacheiro respondeu: - o “bem” paga-se com o “bem” e se precisares de alguma coisa junta-te a mim. O homem aproximou-se do ouriço-cacheiro, pôs-lhe a questão e pediu-lhe ajuda.
Começou então uma luta entre a cobra e o ouriço-cacheiro, tendo o ouriço matado a cobra com os seus bicos. E assim salvou o homem de uma morte que ele já julgava não ser possível evitar.
Por isso se diz que o ouriço-cacheiro é um grande amigo do homem

Autora: Matilde Cabrita; 60 anos

Trabalho de recolha: Andreia, Filipa, Silvias, Leila, Tânia (2º ano-pós laboral)

BOAS FESTAS

É NATAL ...

Se cristo nascer:
Nas crianças assassinadas…
Nos idosos marginalizados...
Nos jovens viciados...
Nos operários explorados...
Nos homens desempregados...
Nos casais destruídos...
Nos filhos desprezados...
Nos pais abandonados...
Nos povos explorados...
Nos povos oprimidos ...
Nos povos subdesenvolvidos...
Nos homens sem abrigo ...
Em todos os que sofrem no corpo e na alma.

FELIZ NATAL

Só será quando desaparecerem:
A injustiça;
A miséria;
A fome;
A ignorância;
A pobreza;
A insegurança;
A violência;
A exclusão;
O racismo;
Descriminação;
Rejeição;
O desemprego;
O terrorismo;
A vingança;
Toda a espécie de exploração.

2009-12-21

“Se vais snifar cocaína, muda de narina!”

O IDT lançou este slogan num flyer, acompanhando uma campanha de prevenção. Esta campanha, segundo apurado tinha como objectivo um tratamento de choque. A acção de choque parece ter como objectivo a tomada de consciência do consumidor de que já não se espera que termine de consumir, mas que pelo menos cuide um pouco da aparência, trocando de narina. A ironia do Slogan refere-se à deterioração das “narinas” quando sujeitas a um alto consumo de cocaína, apelando a todos que se previnam. Este slogan procura prevenir a população de começar a consumir ou de continuar a consumir, usando uma mensagem de objectivo oposto. Parece-me que este slogan procura sensibilizar a população através do choque, procurando transmitir que já não há esperança para a toxicodepêndencia, mesmo havendo. Desta forma questiono-me sobre até que ponto deve um slogan fazer tal juízo? Tudo depende da interpretação do público-alvo.
No entanto, este Slogan pode ser interpretado também de uma forma bastante oposta. A frase poderá ter um significado metafórico, como se snifar cocaína por uma narina fosse uma opção, e a narina a trocar, o fim do consumo. Mostrar que existem outras opções, e que todos temos opção de escolha. A frase apela à mudança e à liberdade de escolha.
O Educador Social deverá divulgar a informação por toda a população, procurando educar os indivíduos numa linha de vida saudável sem comportamentos de risco. Capacitar os indivíduos em transformar o seu próprio meio e a sua própria comunidade, de forma a que Slogans como estes tenham resultados positivos.


Trabalho elaborado por:
• Ana Madeira, nº36926.
“Se consumires cocaína, não uses sempre a mesma narina”

Cada vez que pego num cigarro maço leio no exterior do maço, em letras tamanho 50 bold para que não restem dúvidas de que ainda sou capaz de as decifrar: “FUMAR MATA”. No outro lado do pacote está escrito com letras igualmente gigantes: “FUMAR PROVOCA O CANCRO PULMONAR MORTAL”.
O que acontece quando acabo de ler estas recomendações?
Tiro o cigarro e fumo. Termino este, depois outro e mais tarde ainda um outro. No dia seguinte, repete-se a cena.
Sou adulta, conheço os malefícios do tabaco, tenho consciência de que estou a destruir-me (mas de uma forma legal!), sei que estou a alimentar uma estupidez …e ignoro os avisos. São para os outros, talvez para aqueles que não fumam!
A publicidade é uma arte e como tal, deve ser apreciada, entendida, “esmiuçada” e desconstruída com um olhar muito atento. Ela co-habita connosco, cruzamo-nos na rua, atrapalhamo-nos nos outdoors em cada esquina, espalha-se pelos passeios e até nos surpreende no céu.
A publicidade é uma arma de dois gumes. Um deles chega-nos sorrateiramente e desperta a nossa curiosidade, enquanto o outro, nos provoca arrepios misturados com uma dose de repugnância mas desperta a nossa curiosidade também.
Na realidade, cada um de nós reage de maneira diferente ao impacto de um qualquer slogan, seja ele de cariz amistoso ou de cariz chocante.
Não acredito que o choque assim como a proibição ou o castigo conduzam a um resultado positivo, principalmente quando se é jovem ou dependente de qualquer tipo de vício.
Como será possível minimizar estes problemas, não só o da “malvada” cocaína mas tantos e tantos outros, que como nós sabemos, existem na agenda do nosso mundo?
Será a prevenção uma boa aposta? E a educação?
Troquemos-lhes apenas a ordem. Vamos educar a prevenir?
Vamos aprender! Vamos ensinar para juntos conseguirmos prevenir!
Acredito que a semente tem que ser cuidada desde que é deitada à terra, assim como ainda acredito que algumas plantas podem ser recuperadas mesmo depois de crescidas.
Porque não um Educador Social para as ajudar a tratar?

Isabel Saúde, nº 36762
“Se vais snifar cocaína, muda de narina”

Esta frase foi utilizada pelo IDT numa campanha de prevenção á toxicodependência. Na minha opinião, como frase preventiva, não atinge o pretendido. Sabemos que em qualquer situação de acção de formação, seja ela formal ou informal, devemos ter em conta a heterogeneidade dos grupos em questão. Nem todas as pessoas têm conhecimento da maneira como esta droga é consumida. Esta frase é compreendida entre os grupos de toxicómanos uma vez que os mesmos sabem a maneira como é consumida a cocaína (inalada) e as consequências do seu consumo. E neste grupo talvez esta frase faça sentido e assuma uma forma de reflexão e possível mudança de hábitos, não sendo de qualquer maneira por si só suficiente. Poderá ser o motor de arranque para que toxicodependentes assumam o seu problema e aceitem ajuda exterior.
Num outro grupo, jovens por exemplo, que não tenham tido contacto directo com drogas, a frase teria de ser repensada para que assumisse a sua vertente de prevenção de consumo de drogas, mantendo uma frase forte e firme, chocante talvez, mas que pudesse ser compreendida aquando da sua leitura. Compreendida de tal maneira que leve os jovens a querer saber mais num sentido informativo. Saber no que consiste, o que provoca, que efeitos tem a curto e a longo prazo. Talvez avaliar se as consequências superam o prazer do momento.
A toxicodependência é um assunto já bastante debatido na nossa sociedade. Existem várias campanhas, varias formações, vários exemplos. No entanto todos os dias há novos jovens a entrar no mundo das drogas. Este facto deve então fazer-nos pensar! Fazemos tudo o que é suficiente e necessário em termos preventivos? Ou temos de remodelar a forma como estamos a colocar esta questão?

Ana Simões nº36759

2009-12-20

Se vais snifar cocaína muda de narina


Como mensagem de prevenção ao consumo de cocaína não considero de todo que a frase tenha sido bem transmitida nem de fácil compreensão.Quando se quer atingir um público alvo especifico: jovem,em idade escolar ou mesmo população em geral, não se deve usar mensagens dúbias ou de dificil entendimento.O facto de se metaforizar tanto a mensagem faz com que a mesma seja entendida de forma incorrecta, ou que não seja entendida.
Por achar a frase tão absurda, "dei-me ao trabalho" de comentar esta frase com um grupo de pessoas de 19 anos, resultado: não entenderam,não acreditaram que a frase tivesse sido usada para esse fim,nunca a ouviram e nem perceberam que era de prevenção.Não considero a frase chocante, nem de reflexão.Como tal considero completamente falhada a comunicabilidade subjacente à mensagem pretendida pelo IDT.
Em Portugal o consumo de estupefacientes tem aumentado, nomeadamente o consumo de cocaína, é necessário apostar mais na prevenção e em campanhas publicitárias de prevenção nos espaços escolares, mas também nos meios de comunicação mais acessíveis, como a televisão, recordem-me por favor qual a última campanha de publicidade institucional com este tema que tenha passado em horário nobre num dos 4 canais de tv portuguesa.Nem mesmo na RTP1(televisão estatal que não deveria preocupar-se tanto com as receitas que advém da publicidade em horário nobre, receitas milionárias),pois não?Pois é...infelizmente, o consumo de droga, e todos os problemas que daí advém tais como: maior risco de transmissão de HIV, maior risco de relações sexuais desprotegidas,etc., continua a aumentar e é preciso agitar a sociedade civil e trazer o tema com mais força para a agenda política do nosso país,continuar o trabalho que está a ser feito e reforçar o que ainda falta fazer.

Filipa Custódio30627Ed. Social (pós-laboral)
Comentário: “Se vais snifar cocaína muda de narina”

Considero pertinente a mudança de atitudes, de consciências, através de acções que levem as pessoas a pensar e a reflectir seja de que forma for. Nem que para isso, tenhamos que assustá-las com frases chocantes como esta, pois o que se pretende é que a palavra medo emerja no fundo da nossa consciência e nos nossos sentimentos. Impensável deixar de tentar ajudar a encontrar o caminho, a luz no fundo do túnel para aqueles que se “deixam levar” para uma vida sem sentido, pois é possível com a ajuda de nós todos intervindo na procura desse sentido para a vida, para o mundo. Portanto se é preciso agir com frases chocantes, porque não? Se apenas nos resta atingir através de frases cruas e directas, porque não?
Toda a sociedade deveria esta aberta em ajudar o próximo, ao invés de ignorá-los como acontece na maioria das vezes. Todos nós passamos por eles a olhá-los com desdém e poucos são aqueles que param para reflectir e analisar aquela vida. Parece que o mundo ficou indiferente aos problemas sociais que emergem nas nossas ruas. Triste, mas é a verdade.
Ajudar aqueles que andam em caminhos menos bons, acompanhados dessa maldita droga, e ajudá-los a sair do buraco que parece cada vez mais fundo, levando-os a acreditar que ainda podem ser vencedores, poderá ser um trabalho a realizar pelo educador social, pois ele é possuidor de conhecimentos, pois ele pretende a mudança social através de acções que visem o bem-estar daqueles mais frágeis.

Discente: Cláudia Teixeira
Nº38689

2009-12-18

“Se vais snifar cocaína, muda de narina!”

Numa altura em que se fala do Aquecimento Global como primeira prioridade dos governos mundiais;
Numa altura em que todos estamos de olhos postos na destruição maciça das nossas florestas, dos nossos mares, do nosso ecossistema;
Numa altura em assistimos à crescente exterminação das espécies;
Numa altura em que se fala das consequências maléficas e benéficas da globalização;
Numa altura em que se fala de doenças que matam populações indefesas;
Numa altura em que se fala dos números assustadores de pessoas infectadas com o HIV;
Numa altura em que se fala das escolas inclusivas e o respeito pela multiculturalidade;
Numa altura em que se fala no desrespeito pelos Direitos Humanos;
Numa altura em que se fala dos direitos dos homossexuais;
Numa altura em que se fala do respeito e dignidade dos mais velhos;
Numa altura em que se fala da cooperação global e esforços conjuntos para combater os grandes flagelos que assolam o nosso planeta…
… será que não está na altura de começarmos a apostar na prevenção, na educação de todos e para todos, na luta pelos nossos direitos, num planeta respirável, nos nossos deveres cívicos, na nossa participação activa e consciente...
…devemos começar por algum lado… nem que seja por mudar de narina!

Leonor paulino
nº 38338
“ Se vais snifar cocaína, muda de narina”

Esta pode ser designada como uma “frase de choque” que apela à prevenção do consumo de drogas. Incentiva as pessoas a mudar e a fazer com que as mesmas percebam que não existe apenas um caminho e que ainda estão a tempo de mudar e encontrar o rumo certo, como afirma Paulo Freire “Não há vida sem correção, sem retificação”.
A droga é um grande problema de saúde pública, como tal, devem ser implementadas medidas de choque de forma a sensibilizar e consciencializar as pessoas para a dura realidade. É neste âmbito que surge a Educação Social, esta deve contribuir para a realização de campanhas de sensibilização com o intuito de promover o crescimento individual e social das pessoas, ao desenvolver uma consciência crítica que, por sua vez, conduzirá à mudança de atitudes.

Sara Guerreiro
2º ano - pós-laboral

2009-12-17

Comentário: “Se vais snifar cocaína, muda de narina”.

Todos nós temos ou já tivemos um familiar ou um amigo com dependências. Todos sabemos que o nosso apelo pouco altera a situação.
A frase de facto à primeira vista parece ridícula e depois chocante. A verdade é que a cocaína é uma droga que deterioriza a cana do nariz. Consumidores de longa data de cocaína acabam sem cana do nariz, daí a frase do IDT. De facto é chocante para quem ouve esta frase, mas dirigida ao consumidor de cocaína mais chocante é, mas é isso mesmo que se pretende. Quem consome sabe os efeitos nefastos provocados pela droga e conhece muito bem o verdadeiro sentido da frase. Mas na minha opinião o IDT pecou ao não expor o verdadeiro sentido da frase. Para quem desconhece a verdadeira mensagem que está por detrás do slogan, estará pronto para criticá-la e acabará por ser induzido em erro pensando que se trata de um apelo ao consumo mais saudável, quando na verdade não é nada disso.
Quanto à prevenção, na minha opinião, dever-se-á apostar mais na formação, na informação, explicando a todos e sem mensagens ocultas os malefícios da droga. Não é que isso já não aconteça, mas deverá ser feito com mais frequência, através de dinâmicas, interacção, testemunhos de casos reais, etc.
E por que as drogas nunca irão ter um fim, resta-nos apenas apelar e conscientizar as pessoas de forma a levá-las a praticar a mudança. Mudança que não só engloba a pessoa mas sim toda a comunidade. Um trabalho concerteza a efectuar pelo educador social, na procura de uma melhoria de vida de todos. Por que a educação social visa a mudança social, por que pretende uma melhoria de vida e uma resolução de problemas. A toxicodependência é uma situação que exige intervenção e ao mesmo tempo uma reeducação, educação e informação, desenvolvendo formas que contribuam para o desenvolvimento da pessoa, levando-o à reflexão e por sua vez levar a pessoa na sua própria mudança.

Catarina Viegas, nº. 38000
Educação Social (pós-laboral)

2009-12-16

Recensões (regime diurno)

Marta Alexandra Correia - Para uma educação permanente à roda da vida
Dulce Anjos Pais Martins - Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática Educativa.
Cristiana Portada Pancinha - Introdução à Educação Permanente
Cindy Azevedo Mascote - Evolução do conceito de educação de adultos
Alexandra Isabel Luz - As Ovelhas Negras: uma iniciativa educativa numa universidade da terceira idade
Tânia Sofia Pereira Guerreiro - E.A. Forum II
Rosinda Maria Santinha - Modelos Actuais de Educação de Pessoas Adultas”
Denise Isabel Viegas - A Escola e a repressão dos nossos filhos
Lénia André Brito Guerreiro - Inovação e Mudança em Educação de Adultos
Ana Luísa Batista Filipe - Fórum I -Educação de Adultos
Sofia Isabel Sota - O valor de Educar
Cristiana Paula Nascimento - A Escola e a Repressão dos Nossos Filhos de Ivan Illich
Vânia Maria Brito Saleiro - “A centralidade da educação de adultos em Portugal e a expansão dos espaços de intervenção dos animadores”
José Manuel Simão - Educação Como Prática da Liberdade
Tiago Simão - A educação para o desenvolvimento como estratégia da educação de adultos”
Eliana Martins Faísca -A Importância do Ato de Ler
Sandrina Rosário Pedro -E.A. Educação para o Desenvolvimento
Patrícia Costa Nunes -Fórum I. Inovação e mudança em Educação de Adultos
Isabelle Josephine Fundinger -Fundamentos da Educação e da Aprendizagem. 21 Ensaios para o Século 21 de Roberto Carneiro
Lúcia Filipa Morais Jorge - E.A. Um campo e uma problemática
Leila Patrícia Fernandes - Evolução do Conceito de Educação de Adultos
Ana Micaela Passo Rolão - Educação de Adultos – Um campo e uma Problemática
Carolina Sofia Moreno - Alberto Melo: Que Educação de Adultos para uma sociedade em mutação.
Tânia Martins Matinhos - Importância do ato de ler
Susana Patrícia Inácio - Educação de Adultos, educação para o desenvolvimento
Maria Manuela Costa Paulo- Situação da Educação de Adultos em Portugal
Mariana Silva Caio Brito - Educação Não Escolar de Adultos de Licínio Lima
Mariana Pereira - “Educar é universalizar”, de Fernando Savater

Títulos das recensões críticas (regime pós-laboral)

Catarina Figueira Trouchinho -A Educação de Adultos numa encruzilhada
Maria Manuela Sousa Bastos -Educação de Adultos. Um Campo e uma Problemática
Leila Patrícia Machado - Educação como prática de liberdade
Tânia Santos Jerónimo - A Educação de Adultos numa encruzilhada
Gisela Maria Reis Joaquim - A Educação de Adultos numa encruzilhada
Margarida Isabel Correia - O valor de Educar
Isabel Maria Saúde - Poema Pedagógico I
Emanuela Jesus Mateus - Educação de Adultos/educação para o Desenvolvimento
Maria Adelina Costa -Educação de Adultos. Um Campo e uma Problemática
Daniel Filipe Monteiro - Educação e Mudança
Luís Filipe Santos Manhita - O princepezinho
Sílvia Alexandra Valador - O valor de Educar
Carla Maria Custódio - Educação de Adultos e Educação Permanente
Patrícia Firmino Moreno - Pedagogia do Oprimido
Sónia Quaresma Luz -A escola e a repressão dos nossos filhos
Andreia Filipa Dias Barracha - Educação Não Escolar de Adultos. Iniciativas de Educação e Formação em contexto associativo
Carla Carmo Salvé-Rainha - Educação de Adultos: Um campo complexo em expansão
Aurora Jesus Gomes Teixeira - A Educação de Adultos numa encruzilhada
Florbela Mendes Cavaco - “Educação de adultos e construção da cidadania democrática”
Sara Isabel Afonso Guerreiro - Educação de Adultos: Um Campo e uma Problemática
Ana Luísa Neto Reis Simões - Rousseau
João Filipe Viegas Sousa - Educação como Prática de Liberdade
Dora Cristina Jesus Luís - Educação e Mudança
Maria Leonor Grades Paulino - Educação Como Prática Da Liberdade
Carla Sofia Feliz Rabaçal - A importância do ato de ler
Filipa Cativo Custódio - A Educação de Adultos numa encruzilhada
Sílvia Isabel Vaz - Educação/formação de Adultos
Ana Sofia Palma Madeira - Summerhill School
Ema Cristina Viegas Pereira - A Educação de Adultos numa encruzilhada
Helga Heidi Pinto Jesus - Medo e Ousadia – O contidiano do Professor
Cláudia Teixeira - Pedagogia Social
“Se vais snifar cocaína, muda de narina”


O consumo da droga faz parte da nossa sociedade actual, o uso desta não se refere somente a uma determinada classe social ou faixa etária, está presente no nosso quotidiano, na vida de milhões de pessoas, que pelos mais variados motivos recorrem a “ela “. As dificuldades de integração aos modelos da sociedade e a incoerência desta, são alguns dos principais factores que levam os indivíduos a refugiarem-se nesse mundo alucinógénico como uma forma libertadora da opressão da sociedade à qual muitos indivíduos estão sujeitos. Apesar da sua proibição e das pesadas sanções o consumo e tráfico de droga continua a aumentar cada vez mais mundialmente. Para além das várias políticas envolvidas nesta questão, várias são as campanhas de sensibilização e proibição praticadas pelo Governo e outros organismos, contudo, maioria parecem passar despercebidas à população, tal facto talvez se deva à própria construção frásica pouco apelativo e imaginativa com que estas costumam-se apresentar à sociedade.
A proibição significa a total inexistência de controlo. O discurso proibicionista dá azo à curiosidade, proibir é pretender que a proibição seja uma forma de afastar o uso de drogas. Mas acontece simplesmente o contrário, “ o fruto proibido é sempre o mais apetecido.”
Precisamos mudar a estratégia de combate às drogas de mudanças estruturais e qualitativas.
A frase utilizada numa campanha de prevenção “Se vais snifar cocaína, muda de narina” é testemunho disso, pois a forma socrática com que é exposta, leva-nos a uma reflexão sobre o verdadeiro sentido da mesma. A forma provocante do seu conteúdo, sem dúvida, transmite uma forma indirecta à população em geral, uma tomada de consciência dos malefícios da droga e se realmente, o público-alvo (toxicodepentes) não pensa deixar, então que se cuide (ao menos)
Frases controversas como estas despoletam debates, promovem uma maior abertura e comunicação entre educadores e educandos, permitindo ao esclarecimento, formação e conscientização dos futuros “ homens de amanhã.”
Enquanto Educação de adultos, cabe-nos a nós sermos os condutores de uma educação saudável de orientação social e moral, promovendo à mudança de atitudes, de valores, promovendo o diálogo através de uma acção participativa de toda a comunidade.

Florbela Dias
Aluna 38116
2º Ano do Curso Educação Social (Pós-laboral)

2009-12-15

Se vais snifar cocaína muda de narina

Fora de contexto esta frase revela exclusão aos indivíduos que são consumidores. No entanto a força e até a agressividade empregue, “obriga” que qualquer um pare e tente perceber o seu real sentido. O que se passa? Será que alguém enlouqueceu? Que expressão é esta?
A meu entender, a prevenção primária tem que ser mais agressiva com uma visão mais ampla de quem quer chamar a atenção. A prevenção não consegue um trabalho com êxito com a palavra: NÃO! Porque será que isso acontece?
A meu entender a palavra não, só revela a renúncia de algo, que nem sempre atinge o alvo. Não deves comer comida de plástico! Não deves fumar! Não deves consumir drogas! Não deves conduzir depois de beber! Não! Não! Não!
Quem trabalha com crianças pequenas, sabe que a palavra não, deve ser evitada. Porquê? Porque atrai mais o seu desejo e vontade de experimentar o que lhe é proibido. Sendo assim, deve ser evitada tanto no discurso para crianças como para adultos.
A prevenção deve ser mais transparente, não revelando só as consequências nefastas do consumo, mas também os benefícios. Estranho? Penso que não! O que quero dizer com isto é que um amigo, “que confio” diz-me para experimentar cocaína, pegando no exemplo da frase. Eu aprendo na escola, nos média e em casa, que é mau, que não devo. O que me diz esse amigo é que é muito bom. Que estranho? Sempre me foi vendida a informação contrária. Que faço? Se for em frente, percebo que o meu amigo até tem razão. Então o que se passa? Andamos a dar meias informações?
Num método mais tradicionalista, pretendesse que os estudantes acreditem na informação que é dada. Por mais duro que pareça, acredito numa prevenção mais eficaz, quando se coloca todos os factos em cima da mesa. Sei que fumar faz mal. Mas talvez se me informassem sobre todas as emoções que provoca o seu consumo (principalmente as boas), provavelmente nunca iria experimentar por saber que se pode cair numa roda, em que a substancia ganha mais importância que a nossa própria liberdade. Nessa roda-viva de enganos e desenganos, mentimos a nós e por consequência aos outros. Vive-se assim numa profunda nuvem de fumo, em que tudo pode ser diferente do que se pinta, em que a realidade e a ilusão se misturam, um misto de busca de emoções e a fuga destas.
Mas na prevenção temos que arriscar e impedir que pais menos esclarecidos e até professores possam aniquilar este tipo de campanhas. Os jovens cada vez mais são mais exigentes. È necessário ensinar o que a substancia produz de positivo, porque numa campanha é mais fácil fazer compreender o que se pretende, ao tornar os educandos mais conscientes, tanto dos perigos como qual o tipo de sedução que tem para encantar quem experimenta. Assim fica claro que estas substancias levam a consequências negativas, fazendo os indivíduos serem alvos fáceis de actividades menos/ou nada legais e de renuncia da verdade interna, através de um jogo de prazer que inicialmente estas substancias provocam.
Num contexto de minimização/ou redução de danos, esta frase poderá ser aplicada facultando formas de o consumo ser menos prejudicial para a saúde do individuo. Neste âmbito, o trabalho de prevenção, não é só informar o que a substância provoca na saúde, mas informar, de que forma poderá ser menos prejudicial para ela. Como exemplo podemos exemplificar os problemas de saúde provocados por cocaína quando é aspirada. Noutro tipo de substâncias existe exemplos mais elucidativos. No caso da heroína quando esta é injectada, o uso da colher, da carica e da seringa deve ser cuidado e nunca ser partilhado. Desta forma evita doenças como o HIV, a Hepatite C e B, entre outras doenças. Centrando nesta ideia, a nossa frase pode representar uma maneira de tentar desviar a atenção dos seus leitores para comportamentos com menor dano na sua saúde, indo “…para outra marina.”, ou seja, cuidando-se melhor, já que não param seus consumos.
Como pensamento final, penso ser essencial a consciência da importância e da delicadeza do trabalho que se está a realizar. Paulo Freire (1987) revela a importância do trabalho do educador ser mais prático onde o seu foco seja aplicável na vida no dia-a-dia. Por isso julgo que campanhas com frases polémicas, como a comentada, oferecem a possibilidade de mais diálogo e conversas sobre o tema. Isto facilita o diálogo entre educadores, educandos, seus pais e cuidadores em geral também.

Helga Jesus
nº 26975
SE VAIS SNIFAR COCAÍNA, MUDA DE NARINA


Esta frase foi usada numa campanha de prevenção da toxicodependência e é uma frase bem forte. Parece-me numa primeira leitura uma frase que não apela à prevenção mas sim ao consumo, ou pelo menos apela a um consumo saudável (se é que isso existe): “drogue-se, mas proteja o seu corpo, não o estrague”.
Mas entendendo esta frase como uma frase de prevenção, percebo que o “muda de narina” é um “muda de opinião”. É um apelo a todas as pessoas que pensam experimentar cocaína para que não o façam, e por outro lado um apelo a quem o faz para deixar de o fazer.
No contexto da Educação de Adultos, campanhas como esta podem servir para suscitar nas pessoas uma opinião acerca do que pensam da problemática da toxicodependência, informá-las para melhor saberem agir também elas na prevenção, tornando-as também agentes interventores activos na sua comunidade.
Ao transmitir a consciência de co-responsabilidade de todos da problemática da toxicodependência existente na sociedade, transmite-se também a possibilidade e obrigatoriedade cívica de se ter uma palavra a dizer ou um gesto a fazer no sentido de mudar comportamentos e mentalidades para a construção por todos, de uma melhor sociedade para todos. Consciencializar as pessoas de que, ainda que eu não tenha problemas de toxicodependência, ou ninguém próximo que tenha, isso não é motivo para me demitir da missão de intervir. É preciso estar desperto e informado de que o esforço de todos é necessário para que se possa celebrar o sucesso de todos. Todos somos peças importantes neste puzzle que é a sociedade. E só com uma atitude activa/reactiva poderemos ver resultados.



14/12/09

Luís Manhita
Aluno 36763

2009-12-13

comentário...

Se vais snifar cocaína, muda de narina”

Frase chocante, precisa e concisa, que nos remete ao pensamento e à reflexão do que são as drogas e os seus efeitos.
Uma campanha de “prevenção choque” utilizada para chegar a todos sem excepção, com o objectivo[i] de:
• Evitar que as pessoas se iniciem no consumo de droga;
• Evitar que uma experiência de consumo se transforme num consumo regular;
• Intervir precocemente em padrões de consumo que apresentem riscos.
Quiçá um último apelo…o grito da sociedade numa atitude de prevenção e intervenção, um resgatar de consciência daqueles que sem pensar deixam a sua mente e o seu corpo, numa atitude demissionária dos seus problemas, das suas vidas, das suas famílias e da comunidade. Vida muitas vezes problemática, dura e cruel, mas saudável, livre da substância tóxica, matéria destruidora de sonhos e conquistas, da realidade consciente.
No contexto da Educação de Adultos, a perspectiva da prevenção surge como uma forma de orientação social, produção de conhecimento, uma acção que visa promover a consciência crítica, o despertar das mentalidades para a cidadania activa, a autonomia e a mudança de atitude, o estimular à participação e à intervenção das comunidades e dos seus elementos nas acções, melhorando a sua qualidade de vida.
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na acção - reflexão” Paulo Freire

Faro, 12-12-09
Margarida Correia
Discente Nº38005 Educação Social II ano (pós laboral)
[i] Objectivos apresentados pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, no PLANO OPERACIONAL DE RESPOSTAS INTEGRADA€€€€€€€S

Aula do dia 9/12

Exercício prático

Uma campanha do IDT, há algum tempo atrás, com o objectivo de prevenção dos riscos associados à droga, consistia na distribuição de folhetos com a seguinte frase “Se consumires cocaína, não uses sempre a mesma narina”.
Como futuro(a) educador(a) social, qual a tua opinião?

2009-12-12

Questão para responder ou questionar...

Caros alunos e alunas:
O que será mais importante para o educador social:
- saber responder ou saber perguntar?
-ser capaz de encontrar resposta para tudo ou ser capaz de questionar?

2009-12-08

Aconteceu Educação de Adultos...


Por iniciativa de um grupo de alunos do 2º ano de Educação Social (regime pós-laboral) ocorreu no dia 3/12, na ESEC, uma sessão de Formação/Informação sobre a ASMAL, uma das parceiras do Curso. O evento contou com uma exposição de trabalhos de utentes da ASMAL e com comunicações por parte de representantes da Instituição.

A acção denominada Mimar as Artes foi coordenada pela Margarida Correia.






2009-12-07

comentários

Caros alunos e alunas jáo podem fazer os comentários que entenderem. Agradeço.
Obrigado Catarina.
Joca

2009-12-04

Comentário... a propósito do provérbio chinês

Acho que não pode mesmo ficar sem comentário!
Em relação ao provérbio, confirma-se mais uma vez a enorme sabedoria do "povo chinês". Faz-me lembrar outro provérbio (este português), que era muito referido pelas gentes da serra algarvia: “de boas intenções está o inferno cheio”.
Outra situação que precisa mesmo de ser comentada, é… a falta de comentários! E não se pense que é por escassez de mão-de-obra, já este blog “dispõe”, mais coisa menos coisa, de cerca de cinquenta comentadores oficiais… onde ainda por cima eu me incluo! È verdade que não há trabalho suficiente para tanta gente, já que, se retirarmos as contribuições do professor, além da falta de comentários, há uma falta bem mais grave: a falta de “objectos de comentário”… na proporção devida!
É verdade que estou a escrever um pouco a medo, porque me lembrei de outro provérbio das gentes da serra; “diz o tacho p’rá panela, chega-te p’ra lá, não me tisnes”, mas ainda assim arrisco o apelo:
Vá lá pessoal! Vamos fazer um esforço para, em primeiro lugar, “dar trabalho a estes comentadores” e, se for possível, ajudá-los na nobre tarefa de comentar.
Ah, esqueceu-me a dizer que além dos cinquenta comentadores oficias, estão ainda contratados outros tantos fornecedores de “objectos de comentário”… ou serão os mesmos?
Zé Manel
(aluno do 2ºano-regime diurno)

2009-12-03

Aula de dia 2/12 de E.A.I (pós-laboral)



Depois de abordarmos a temática do atum e visionarmos o filme sobre a Armação do atum na Ilha da Abóbora em Tavira, “chegámos” à Ilha da Culatra, uma ilha situada na Ria Formosa, em frente a Olhão, mas que pertence administrativamente ao município de Faro.
Visionámos um filme (de 2005) que relata vários aspectos da vida das pessoas na Ilha da Culatra, uma comunidade piscatória com cerca de 300 anos, terá sido uma antiga aldeia de pescadores de atum.
Ao longo dos séculos, mercê do trabalho de famílias de pescadores, mariscadores e mariscadoras, homens e mulheres, cresceu, em volta de um núcleo histórico, uma comunidade que os culatrenses estão apostados em manter viva, continuando a preservar esta identidade e cultura que vai passando de avós, pais, netos, filhos.
Actualmente a Ilha da Culatra tem Pré-escolar, Ensino básico até ao 6º ano, Uma Associação de Moradores, uma Delegação do Centro de Saúde de Faro, nove cafés-restaurantes, 450 habitações, Correio, Equipa de futebol, polidesportivo... e memória colectiva de gente hospitaleira. Memória de gente que muito sabe da sua arte de viver e sobreviver
que devia ser registada, valorizada, ensinada nas carteiras das escolas do ensino básico, aqui da região. Memórias que deveriam ser resgatadas e exibidas em espaço adequado, para que o avanço do tempo não apague a história e as estórias de gente com muito saber e muita experiência de vida...

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2009-12-02

A propósito do tema do filme visionado na última aula…um breve nota sobre a história do atum no Algarve

Terá sido por volta de 1433 que o Infante D. Henrique terá recebido, do rei D. Duarte o exclusivo da pesca do atum no Algarve. Em 1440, D. Duarte concedeu o arrendamento das almadravas a negociantes estrangeiros. Em 1502 o rei D. Manuel I terá criado, em Lagos, a Feitoria das Almadravas. Em 1550, terá surgido em Faro uma feitoria autónoma da de Lagos, por iniciativa da rainha D. Leonor, proprietária das armações existentes na costa próxima de Faro. Nos finais do século XVI, Lagos seria o mais importante centro de exportação de atum, desenvolvendo importantes relações com os países mediterrâneos.
Este comércio manter-se-ia próspero por mais meio século. Na primeira metade do século XVIII, ter-se-á observado um período de crise do atum, para em 1773, o Marquês do Pombal dar novo alento a esta indústria através da criação da Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve e da adopção de um conjunto de medidas de apoio a esta indústria. Será por volta de 1800 que se assiste ao aparecimento de quinze armações de atum, localizadas entre Lagos e Tavira. Depois de uma fase de algum declínio desta indústria nas primeiras décadas do século XIX, a partir de 1830, é extinta a Companhia Geral das Reais Pescarias e assiste-se à criação de várias sociedades de pesca por acções e à introdução de novas tecnologias. Consta que no final do século dezanove, uma armação algarvia pescou cerca de quarenta e um mil atuns e que, por vezes, chegavam a apanhar exemplares com mais de dois metros e trezentos quilos de peso.
Iniciou-se, então, um dos períodos mais ricos, que se prolongaria até à primeira década do século XX. Em 1898 existiam na costa algarvia dezoito armações de atum. Observa-se, então um novo e definitivo período de declínio da pesca do atum devido aos custos de produção, a redução das capturas e a inundação do mercado externo de conservas de atum com origem noutros países que realizavam as suas capturas no Atlântico Norte e na costa de Angola.
Em 1929, assistiu-se ao fim das armações no Barlavento algarvio. Das 17 armações que eram lançadas ao longo de todo o litoral, no começo do século XX, a pesca estava reduzida a 5 artes fixas: "Abóbora" e "Senhora do Livramento", da Companhia Balsense no Algarve; "Medo das Cascas", da Companhia de Pescarias do Algarve; "Barril ou três Irmãos", da Companhia de Pescarias Barril ou Três Irmãos; e "Cabo de Santa Maria", da Companhia de Pescarias do Cabo de Santa Maria, Ramalhete e Forte.
Em 1967, lançou-se, pela última vez, a única armação existente em Faro. A partir de então, só Tavira detinha armações. Em 1961 António Campos filmou a última campanha do arraial que se instalava na ilha da Abóbora, diante da localidade de Cabanas de Tavira. Foi a última campanha daquele arraial, que o mar engoliria no Inverno seguinte. Em 1968 o realizador Hélder Mendes terá testemunhado a última grande campanha do Arraial Ferreira Neto, em Tavira
Em 1971, a Armação da "Abóbora" em parceria com o Barril lançou a armação, aproveitando o material ainda existente nas duas companhias: "Balsense no Algarve" e "Pescarias Barril ou Três Irmãos". A extinção da pesca do atum na costa algarvia veio a verificar-se no ano imediato, numa parceria das armações "Medo das Cascas" e "Abóbora", cujo resultado foi a captura de um único tunídeo.
Actualmente, há apenas uma armação do atum, em Olhão/Tavira, cuja produção de tunídeos segue para o mercado português, mas também inglês e holandês. O aumento do número de restaurantes de sushi, e o aumento dos combustíveis obrigou a Empresa de Pesca e Tunídeos, com capitais portugueses, mas que funciona com técnicos e tecnologias japonesas, a mudar o perfil da exportação do pescado. Até há pouco tempo, a empresa capturava o atum, através da armação, e enviava o peixe fresco directamente de avião para o Japão, onde era vendido a preços astronómicos pela grande qualidade que lhe era conferido por especialistas japoneses. Hoje em dia, 95% dos atuns é destinado ao mercado europeu.
Fausto Costa escreveu num total de 191 páginas um livro intitulado «A Pesca do Atum nas Armações da Costa Algarvia», editado pela Editorial Bizâncio, que aborda a vida e costumes dos pescadores da pesca do atum, nomeadamente nas armações de Tavira (Abóbora, Barril, Livramento e Medo das Cascas), assim como de um enquadramento histórico desde a antiguidade até ao fim das armações, nos anos sessenta do século XX.

provérbio chinês...

Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede.

caros alunos e alunas, alguém quer comentar?